“Coriolano Lacerda’s article predicts 2024 as starting point for real estate market’s new growth cycle in Brazil. Economy scenarios: moderated, consolidação, financing sources, inícios de crescimento, Selic queda. Agents expect slowdown reversal in location sector. Inversion anticipated in immobiliário.”
O ano passado foi marcado por um crescimento significativo no setor imobiliário. Após um período de instabilidade, impulsionado pela redução dos juros durante a pandemia, especialistas previam uma desaceleração no mercado, com vendas em declínio e aumento nos preços de aluguel – afinal, a demanda por moradia continuava alta.
Contudo, o que se viu foi uma expansão inesperada, com projetos de revitalização de áreas urbanas e renovação de imóveis antigos ganhando destaque. Essa nova fase trouxe um fôlego renovado ao setor imobiliário, surpreendendo até mesmo os mais otimistas do mercado. O crescimento contínuo sinaliza um cenário promissor para investidores e compradores em potencial.
Expansão e revitalização do setor imobiliário
As expectativas se confirmaram de início, mas o cenário de crescimento da economia, recuperação do mercado de trabalho, inflação sob controle, expectativa de mais quedas da Selic e fortalecimento de programas como o Minha Casa Minha Vida fez o setor imobiliário começar a virar o jogo antes do esperado. A queda da Selic empolga agentes do mercado imobiliário. Além disso, 2023 terminou melhor do que se imaginava, com indícios de fim de um ciclo para o começo de outro período de bonança.
Esta é a principal conclusão da segunda edição do Anuário DataZAP, com os números mais relevantes da dinâmica imobiliária no Brasil em 2023 organizados em panoramas macroeconômicos. No estudo, observa-se como a consolidação da expectativa de os juros baixarem já foi impactante em 2023. Quem compra na planta costuma parcelar a operação junto à incorporadora em 18 ou 24 meses. E muita gente embarcou na promessa de a Selic cair mais no momento em que pegar a chave e iniciar um financiamento imobiliário. Isso resultou em uma inversão, com mais vendas do que unidades lançadas, especialmente entre imóveis de dois dormitórios e na região Sudeste.
Hoje, em um cenário hipotético em que nenhuma incorporadora fizesse mais lançamentos nesse perfil, os estoques acabariam em 10 meses – ou um semestre, no caso dos populares. Com a taxa de financiamento podendo chegar a um dígito, não só os novos imóveis se beneficiarão, mas também os usados. O crédito da poupança continuará caindo, mas espera-se uma consolidação das fontes alternativas de financiamento, como o FGTS, os FIIs e as empresas privadas.
Na locação, a expectativa é no sentido oposto, de desaceleração. O aumento do preço médio dos aluguéis já diminuiu dos 17% pós-pandemia para 12% no final de 2023 e segue caindo. Enquanto isso, o preço médio de venda acumula alta de quase 6% em 12 meses. Quando ambos se cruzarem, teremos um sinal forte de início de uma safra positiva. O Anuário DataZAP destaca ainda tendências comportamentais, reflexos da interação entre fatores econômicos, sociais e culturais, como a pandemia, que mudou a forma de se relacionar com o lar.
Em termos de idade, o público entre 40 e 59 anos continuou sendo o que mais comprou e alugou. Mas na comparação com 2022, cresceu a participação de gerações mais jovens, de 18 a 39 anos. Também aumentou o protagonismo das mulheres: 54% das compras e 67% dos aluguéis são feitos por elas, e, em algumas cidades, esse índice passa de 80%.
Com relação ao perfil do imóvel, a faixa de tamanho mais buscada no ano passado foi a de 61 m² a 90 m², tanto para locação como para venda. Animais de estimação impulsionam mudanças no mercado imobiliário. Outra tendência é o protagonismo dos animais de estimação. Em algumas cidades, já há mais pets por família do que filhos. Espaços em condomínios viraram item básico, e surgem ‘quartos para pets’ em novos empreendimentos. E chama a
Fonte: © Estadão Imóveis
Comentários sobre este artigo