Empresa americana luta para recuperar controle do futebol vascaíno após decisão judicial. José Roberto Lamacchia não participará da negociação.
A 777 Partners entrou com recurso na Justiça contra a decisão liminar que tirou o controle do futebol do Vasco da empresa americana e devolveu ao associativo. Depois da SAF, também ré do processo, entrar com o agravo na segunda-feira, a 777 tomou a mesma iniciativa para tentar retomar as rédeas do futebol vascaíno.
A decisão liminar que afetou a gestão do Vasco foi contestada com um recurso pela 777 Partners, buscando reverter a situação. A empresa americana não mediu esforços para garantir sua posição, assim como a SAF que também entrou com o recurso para contestar a decisão inicial.
Decisão Liminar e Recurso: Novos Desdobramentos no Caso da Empresa Americana e o Vasco
A situação envolvendo a empresa americana e o Vasco ganhou novos contornos com a decisão liminar concedida pelo juiz Paulo Assed Estefan. A 777 Partners, em crise financeira, acenou com a possibilidade de vender a SAF vascaína, solicitando o valor de R$ 600 milhões para concluir o negócio. Além disso, a empresa exige que qualquer comprador assuma os dois últimos aportes previstos no contrato, totalizando R$ 390 milhões mais correção monetária.
Antes da decisão judicial, a 777 emitiu uma nota lamentando o atraso no pagamento dos direitos de imagem dos jogadores do Vasco. Paralelamente, o dono da Crefisa, José Roberto Lamacchia, desistiu da ideia de adquirir a SAF do Vasco, após iniciar conversas sobre o preço com a 777. Essa reviravolta nos últimos meses indica uma mudança de postura da empresa americana em relação à venda da SAF vascaína.
Diante desse cenário, a SAF do Vasco entrou com um agravo de instrumento contra a decisão liminar que transferiu o controle do futebol da 777 Partners para o clube associativo. A medida da empresa busca limitar o poder do CRVG e propõe a formação de um Conselho Administrativo equilibrado entre os sócios. Fontes próximas à SAF argumentam que o recurso visa proteger a governança da empresa e seus funcionários.
Além disso, a SAF solicita que a 777 Partners perca o direito político em relação ao capital pendente, referente aos próximos aportes não realizados, e que o clube associativo se restrinja aos 30% de participação que detinha antes da liminar. A empresa já se habilitou no processo, preparando-se para entrar com o recurso e contestar a decisão judicial.
Nesse contexto, a 777 também acionou a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, que iniciou uma investigação sobre a situação. O objetivo é verificar possíveis irregularidades na liminar concedida e, caso comprovadas, a embaixada poderá considerar um ataque ao capital americano no Brasil. Esse movimento é parte da estratégia da 777 para se resguardar jurídica e financeiramente diante dos desdobramentos recentes.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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