A curva de felicidade varia por geração, afetada pela precariedade dos jovens e pela crise da meia-idade, influenciada pela relação entre período após estado civil.
A busca pela felicidade é um objetivo comum para muitas pessoas. No entanto, o que realmente significa alcançar esse estado de felicidade? Segundo a definição da RAE (Academia Real Espanhola), a felicidade é um estado de agradável satisfação espiritual e física, que muitos desejam alcançar a todo custo.
Para alcançar a felicidade, é importante entender que ela está intimamente ligada à satisfação e ao contentamento. Quando estamos satisfeitos com nossas escolhas e alcançamos nossos objetivos, sentimos uma sensação de alegria e felicidade. Além disso, a felicidade também pode ser alcançada através de pequenos momentos de prazer e satisfação, como um sorriso de um amigo ou um dia ensolarado. A vida é feita de pequenos momentos de felicidade.
A Busca Incansável pela Felicidade
Embora a felicidade seja uma emoção passageira e não algo que possa estar conosco todos os dias de nossas vidas, ainda assim é um termo que buscamos incessantemente. Mas será que há anos de nossa vida que são os menos felizes? A ciência tem uma resposta clara: sim. Na maioria dos casos, existe um padrão que se repete, mostrando que a felicidade é uma curva que muda ao longo da vida.
A época menos feliz de nossas vidas é a meia-idade, quando as pessoas atingem a maturidade, entre 40 e 50 anos. É a chamada crise da meia-idade, quando demonstramos mais medos e preocupações. Somos mais infelizes aos 47,2 anos nos países desenvolvidos e aos 42,8 anos nos países em desenvolvimento. Essa curva de felicidade em forma de U é algo que nós, humanos, temos profundamente enraizado em nossos genes, como explicaram os economistas e professores David Blanchflower e Andrew Oswald.
A Relação entre a Idade e a Felicidade
Os dois momentos de maior felicidade na vida são a infância e o período após a meia-idade. O livro ‘The Happiness Curve: Why Life Gets Better After Midlife’ (A curva da felicidade: por que a vida melhora depois da meia-idade), de Jonathan Rauch, explica que ‘à medida que envelhecemos, nossos cérebros se tornam mais resistentes ao estresse, nos arrependemos menos, somos mais positivos, menos voláteis emocionalmente, aproveitamos mais o momento, nos conectamos melhor com as pessoas e até temos alguma proteção contra os danos emocionais causados pela perda da saúde’. Quando temos mais de 50 anos, nosso cérebro valoriza mais o lado positivo e isso nos torna mais felizes.
Essa é uma verdade independente do sexo e do estado civil, de ter ou não filhos, ou da situação econômica em que se vive. ‘Algumas pessoas sofrem mais do que outras, mas em nossos dados, o efeito médio é grande. Ninguém sabe por que observamos essa consistência’, afirmou Oswald no estudo.
A Satisfação e a Alegria dos Jovens
Embora, em teoria e conforme a curva da felicidade, nossos anos mais felizes sejam a infância e a idade adulta, os jovens estão mais infelizes a cada geração. Além disso, observou-se que a felicidade dos adolescentes caiu a partir de 2012. Isso também se reflete no World Happiness Report 2024 (Relatório de Felicidade 2024), que mostra que, embora a felicidade seja culturalmente associada à juventude, a realidade é diferente. ‘A tendência geral positiva na satisfação com a vida’ entre os jovens de 15 a 24 anos terminou com a pandemia do coronavírus, segundo o estudo.
Os jovens estão cada vez menos felizes, especialmente nos Estados Unidos, de acordo com os dados do relatório. Na faixa etária de 15 a 24 anos nos Estados Unidos, Japão e Canadá, os jovens estão experimentando uma diminuição na alegria e no contentamento. Isso é um sinal de que a felicidade não é apenas uma questão de idade, mas também de circunstâncias e experiências.
Fonte: @ Minha Vida
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