Petrobras nega, mas Conselho avaliará necessidade conforme Lei das Estatais e interesses do mercado e acionistas.
Um investidor estrangeiro da Petrobras detentor de mais de 5% das ações requereu a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária para a escolha dos membros do Conselho de Administração e para a presidência do colegiado da Petrobras. Informações obtidas revelam que o acionista é a gestora de investimentos dos Estados Unidos, a GQG Partners.
Na Companhia brasileira, a Petrobras, a solicitação do acionista estrangeiro, representante da GQG Partners, visa a eleição dos membros do Conselho de Administração e do presidente do colegiado da estatal. A iniciativa do investidor em convocar a Assembleia Geral Extraordinária demonstra seu interesse na governança da Petrobras.
Petrobras: Acionistas minoritários buscam mudanças no Conselho
Informações recentes da B3, a bolsa de valores do Brasil, revelam que os acionistas detêm 5,73% das ações ordinárias da Petrobras, conferindo-lhes direito a voto. De acordo com a legislação que rege o mercado de capitais no país, é necessário possuir no mínimo 1% dos papéis para solicitar algo à Companhia e ser atendido.
Um grupo de acionistas brasileiros minoritários enviou um pedido à estatal, porém não alcançou o mínimo de ações exigido. O cerne da questão está na destituição de Jean Paul Prates do Conselho, o que levanta a necessidade de uma assembleia para ratificar a nova composição com a inclusão de Magda Chambriard.
Os investidores questionam não tanto a escolha de Chambriard, mas sim a presença de Pietro Mendes como presidente do conselho. Mendes, ligado ao ministério de Minas e Energia, é visto por executivos na Petrobras como o principal opositor da gestão de Prates.
A Lei das Estatais, recentemente validada pelo STF, proíbe a participação de membros em situações de conflito direto de interesses. A decisão do Supremo permite que os já nomeados permaneçam no cargo, mas caso uma nova assembleia seja convocada, haveria impedimentos.
A Petrobras, em comunicado, negou a destituição de Prates, alegando que ele teria renunciado ao cargo. No entanto, fontes próximas à companhia contestam essa versão, afirmando que o presidente Lula teria ordenado sua saída.
Diante desse cenário, uma reunião extraordinária do Conselho de Administração da Petrobras está agendada para o dia 7 de junho, com o intuito de avaliar o pedido dos acionistas. Caso a solicitação seja negada, os acionistas têm a opção de recorrer à CVM, órgão regulador do mercado de capitais. Acompanharemos de perto o desenrolar dessa situação.
Fonte: © CNN Brasil
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