Agência Associated Press: DEA propõe reclassificar maconha como substância menos perigosa em mudança federal. Affecting 3000 Americans, this could be a race against Trump’s administration.
A DEA (a agência de combate às drogas dos Estados Unidos) está planejando reclassificar a maconha como uma substância menos perigosa do que é vista atualmente, conforme relatório da agência de notícias Associated Press. Essa mudança na classificação da maconha pode ter impacto significativo nas políticas de drogas do país.
A possibilidade de afrouxamento na regulação federal de maconha está gerando debate e discussão sobre a revisão da lei federal sobre maconha nos Estados Unidos. A expectativa é que essas mudanças possam facilitar o acesso e utilização da maconha para fins medicinais e recreativos, impactando diretamente a sociedade e a economia do país. Esse movimento reflete uma mudança de paradigma em relação ao uso e comercialização da maconha.
DEA planeja reclassificar a maconha: uma mudança histórica na política federal
Uma agência de notícias divulgou que a Drug Enforcement Administration (DEA) está se movendo em direção a uma decisão histórica que pode redefinir a classificação da maconha nos Estados Unidos. A proposta, que agora está sob análise do órgão de gestão e orçamento da Casa Branca, poderá representar a maior mudança na política federal sobre a cânabis em quatro décadas, com implicações significativas na regulação da substância no país.
A reclassificação em questão não implica uma legalização total da maconha para fins recreativos, mas sinaliza o reconhecimento de seu potencial de abuso em comparação com drogas consideradas mais perigosas. A proposta da DEA envolve retirar a cânabis do patamar de substâncias de alto risco, como a heroína e o LSD, e reclassificá-la como uma substância de nível 3 (schedule III), juntando-se a compostos como esteróides anabolizantes e testosterona.
Essa mudança na classificação é respaldada pela avaliação do governo americano de que substâncias de nível 3 apresentam um potencial moderado a baixo de dependência física e psicológica. Apesar disso, permanecem como substâncias controladas sujeitas a regulamentações específicas, com sanções criminais para aqueles que as comercializam ilegalmente.
A reclassificação proposta pela DEA vem à tona cerca de um ano após o presidente Joe Biden solicitar uma revisão da lei federal sobre a maconha, em outubro de 2022, quando concedeu perdão a milhares de americanos condenados por posse da droga. Essa iniciativa pode ser interpretada à luz da corrida contra Donald Trump nas eleições presidenciais em curso.
Apesar do histórico de Biden em relação à guerra às drogas, a flexibilização na regulação federal da cânabis é vista como uma oportunidade para reconquistar a simpatia dos jovens eleitores. Esse grupo foi crucial para a vitória presidencial em 2020, mas tem se afastado de Biden em razão de suas posições em relação a questões como o conflito Israel-Hamas na Faixa de Gaza.
Pesquisas recentes indicam que cerca de 70% dos americanos são favoráveis à legalização do uso da maconha, um aumento notável em relação ao percentual de 34% registrado em 2003. Esse apoio é ainda maior entre os jovens, chegando a 79% na faixa etária de 18 a 34 anos. Atualmente, o uso recreativo da maconha é legal em 24 estados, enquanto seu uso medicinal é permitido em outros 12.
Apesar da autonomia dos estados em regulamentar a droga, a maconha permanece proibida em nível federal, o que torna a aprovação do Congresso essencial para qualquer mudança significativa nessa política. Nesse cenário, a reclassificação proposta pela DEA representa um passo importante, mas apenas um entre vários necessários para uma reforma abrangente da legislação sobre a cânabis nos Estados Unidos.
Fonte: © TNH1
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