Atleta de 41 anos conquista medalha de prata na carabina de ar deitado 10m SH2 misto em Lima. Participação excelente na Final Pan-Americano.
O Galgão conquistou uma medalha histórica na história do Brasil nas Paralimpíadas. Neste domingo (1), Alexandre Galgani garantiu a prata na carabina de ar deitado 10m SH2 misto, sendo a primeira medalha brasileira no tiro esportivo em Jogos Paralímpicos.
O atirador Alexandre foi o grande destaque do dia, tornando-se medalhista inédito nas Paralimpíadas. O Galgão mostrou toda sua habilidade e determinação ao conquistar essa importante medalha para o Brasil.
Galgão: A Jornada de Alexandre, Atirador e Medalhista
O talentoso paulista de 41 anos, conhecido como Galgão, confirmou as expectativas após sua brilhante participação nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago, no Chile, no ano anterior. Nesse evento, ele conquistou duas medalhas: prata na categoria rifle 10m e ouro na carabina 50m, estabelecendo um novo recorde Parapan-Americano na final e garantindo sua vaga para Paris. O ciclo de Galgão inclui ainda o bronze no Mundial de Tiro Esportivo de Lima, em 2023, na Carabina de Ar 10m, posição em pé.
Na emocionante final desta manhã, Galgão terminou com 254,2 pontos, ficando atrás apenas do francês Tanguy de la Forest, que conquistou o ouro com 255,4 pontos. O terceiro lugar foi para a japonesa Mika Mizuta, com 232,1 pontos. No tiro esportivo, homens e mulheres competem juntos, e a categoria SH2, de Alexandre, é destinada a atiradores de carabina que necessitam de suporte para a arma.
O Brasil teve sua estreia no tiro esportivo em Paralimpíadas em 1976, retornando ao evento em Pequim 2008 após 32 anos, com Carlos Garletti. Alexandre Galgani estreou nas Paralimpíadas do Rio 2016, ao lado de Débora Campos e Geraldo Rosenthal. Em Tóquio 2020, Galgão foi o único representante brasileiro na modalidade.
Em Paris 2024, Galgão participa pela terceira vez, acompanhado por Bruno Stov Kiefer. Desta vez, o pódio foi conquistado, coroando uma história que começou há mais de duas décadas, marcada por muito treino e dedicação, incluindo um estande montado em sua própria casa.
Desde a infância, Galgão já se dedicava ao tiro esportivo, iniciando com uma espingarda de chumbinho. Em 2002, aos 18 anos, ele sofreu um acidente que resultou em uma lesão na coluna, deixando-o sem os movimentos do corpo. Com determinação, fisioterapia e apoio familiar, Galgão conseguiu recuperar os movimentos dos membros superiores e retornar ao esporte que tanto amava.
Mesmo com limitações nos membros superiores, Galgão encontrou uma nova motivação ao retomar suas atividades esportivas. Seu pai, falecido em 2014, foi uma fonte de inspiração e apoio para o atleta, a quem ele dedicou sua medalha. A superação e a paixão de Galgão pelo tiro esportivo são exemplos de resiliência e determinação, inspirando a todos com sua história inédita de sucesso.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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