Dados do Painel Arboviroses (Ministério da Saúde): faixa etária inferior, afetados, El-Niño fenômeno, mudanças climáticas. Grupos com maior incidência: Estados de maior controle. Ineficazes: medidas, eliminação criadouros mosquitos. Métodos: físicos, roupas repelentes. Quatro sorotipos dengue circulam. Interiorização: pequenas e médias cidades. Tiveram augmento: afetados grupos. Mudanças condições ideais.
Neste dia, 29, o Brasil alcançou a marca de 4 milhões de registros de dengue. São 4.127.571 casos suspeitos da enfermidade, um aumento significativo de mais de um milhão de casos desde o início de abril, quando os casos confirmados chegavam a 3 milhões. Os números foram divulgados pelo Painel de Arboviroses, do Ministério da Saúde.
A propagação da dengue preocupa as autoridades de saúde, pois a doença pode apresentar sintomas graves, como febre alta e dores musculares intensas. É essencial continuar com as ações de prevenção e combate ao dengue em todo o país, a fim de controlar a disseminação do vírus e proteger a população. A conscientização da população é fundamental para evitar a proliferação da dengue e garantir a saúde de todos.
Importância da conscientização sobre a dengue
É crucial ressaltar a gravidade da situação relacionada à dengue. Os números divulgados diariamente pelo Ministério da Saúde podem não refletir completamente a realidade, já que há um intervalo de tempo até que sejam plenamente atualizados. Em relação às mortes relacionadas à dengue, 1.937 foram confirmadas, enquanto 2.345 ainda estão sob investigação.
O coeficiente de incidência da doença no país é alto, alcançando a marca de 2.032,7 casos para cada 100 mil pessoas. Um fenômeno preocupante, já que a faixa etária inferior foi duramente afetada pela dengue. Pessoas com menos de 1 ano e aquelas com 80 anos ou mais são os grupos menos afetados, porém, mesmo assim, registraram um aumento significativo de mais de 100% nos casos.
Os Estados com maior incidência de dengue – Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo, Goiás e Santa Catarina – demonstram como essa doença afeta diferentes regiões do país. Enquanto isso, Roraima apresenta a menor incidência, seguido por Ceará e Sergipe.
Causas do aumento de casos de dengue
A crescente incidência de dengue pode ser atribuída a diversas causas. Entre elas, destaca-se a implementação de medidas de controle ineficazes do mosquito Aedes Aegypti, vetor da doença. A conscientização sobre a eliminação de criadouros de mosquitos, aliada ao uso de repelentes e inseticidas, são ações clássicas, porém, insuficientes para conter a propagação do vírus.
Especialistas apontam que o fenômeno El Niño e as mudanças climáticas desempenham um papel crucial nesse cenário, criando condições ideais para a reprodução do mosquito transmissor. O fato de os quatro sorotipos da dengue estarem circulando simultaneamente também contribui para a gravidade da situação.
A interiorização da doença, com seu avanço para cidades pequenas e médias, é um fenômeno preocupante. Isso demonstra a necessidade de intensificar os esforços na eliminação de criadouros e no controle do vetor.
Medidas de prevenção e controle da dengue
Para combater a dengue, a eliminação de criadouros de mosquitos continua sendo uma das estratégias mais eficazes. Além disso, é essencial recorrer a métodos físicos, como o uso de roupas repelentes e mosquiteiros, especialmente em áreas de maior exposição.
A vacinação também desempenha um papel crucial na prevenção da doença. A introdução da vacina Qdenga no Brasil representa um passo significativo nessa luta. Desde sua disponibilização na rede privada em julho de 2023 e posterior inclusão no SUS em dezembro do mesmo ano, o país tornou-se pioneiro ao oferecer essa vacina de forma gratuita.
É fundamental que a população e as autoridades de saúde redobrem seus esforços na conscientização e implementação de medidas eficazes de combate à dengue. A prevenção e controle adequados são essenciais para conter a propagação da doença e proteger a população vulnerável.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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