Cantores como Billie Eilish se uniram à Artist Rights Alliance em carta aberta sobre impacto da inteligência artificial nas plataformas de áudio e violação de direitos de criadores. #LeiELVIS
Recentemente, nos Estados Unidos, a inteligência artificial tem sido tema de debate entre artistas, especificamente em relação à música. Através da Artist Rights Alliance (ARA), mais de 200 cantores e compositores fizeram um manifesto destacando os riscos associados ao uso de seu trabalho para alimentar algoritmos de IA. A preocupação com a autoria e a integridade das obras tem levado a uma mobilização em prol da proteção dos direitos dos artistas.
A utilização de inteligência artificial para a criação musical tem levantado diversas questões éticas e legais. Muitos artistas temem que a IA possa ser usada para reproduzir suas músicas sem consentimento, gerando prejuízos financeiros e artísticos. Por isso, a discussão sobre como regular o uso da inteligência artificial na produção musical é essencial para garantir uma indústria justa e respeitosa com os criadores de conteúdo.
Artistas se unem em manifesto contra uso predatório da Inteligência Artificial
(Crédito: Adin/Adobestock) Diversos nomes da indústria musical, como Billie Eilish, Katy Perry, Stevie Wonder, Nicki Minaj, Imagine Dragons, Tina Sinatra e Jon Bon Jovi, assinaram um manifesto direcionado às big techs e outras desenvolvedoras da tecnologia. O documento alerta para a necessidade dos artistas se protegerem contra o uso abusivo da IA, que tem sido utilizada para manipular vozes e imagens de artistas profissionais.
O impacto da Inteligência Artificial na indústria musical
De acordo com a carta, algumas das maiores e mais poderosas empresas já estão utilizando conteúdos de artistas para treinar suas ferramentas. O manifesto destaca que, se não houver um controle adequado, a Inteligência Artificial pode causar uma depreciação do valor do trabalho artístico e impedir que os artistas sejam devidamente remunerados.
O movimento também aborda a questão da violação de direitos de criadores e faz um apelo para que as plataformas de áudio e outros serviços de música se comprometam a não desenvolver ou implantar tecnologias que substituam a arte humana, prejudicando assim os compositores e artistas.
A regulamentação e os direitos autorais diante da Inteligência Artificial
Recentemente, a Artist Rights Alliance reconheceu o potencial da IA para impulsionar a criatividade humana e oferecer novas experiências aos fãs. No entanto, o debate sobre a regulamentação e os direitos autorais tem se intensificado, especialmente após a aprovação de uma lei no Tennessee que visa proteger os profissionais da indústria musical contra os impactos negativos da IA.
A Lei ELVIS (Ensuring Likeness Voice and Image Security Act), promulgada no estado, agora estende a proteção contra o uso indevido da IA para as vozes e imagens dos artistas. A aplicação da Inteligência Artificial na música já pode ser observada em diversas plataformas, como o TikTok, onde músicas geradas por tecnologia são compartilhadas e viralizadas.
Fonte: @ Meio&Mensagem
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