A ESMA estabeleceu regras da UE sobre o uso diário de tecnologias de IA em operações financeiras, incluindo o reconhecimento de riscos.
Tudo sobre Inteligência Artificial veja mais A Autoridade Europeia de Valores Mobiliários e Mercados (ESMA) estabeleceu na quinta-feira (30) como os bancos da União Europeia poderão utilizar a Inteligência Artificial (IA) em suas atividades diárias sem violar a legislação de valores mobiliários do bloco.
Além disso, a ESMA destacou a importância de garantir que a implementação da IA pelos bancos seja feita de forma ética e transparente, visando a proteção dos investidores e a integridade do mercado de capitais da União Europeia. A regulamentação da Inteligência Artificial no setor financeiro é um passo significativo rumo à modernização e eficiência das operações bancárias, promovendo a inovação e a segurança no uso de tecnologias emergentes.
Inteligência Artificial na Supervisão de Empresas Financeiras
De acordo com o órgão regulador, as empresas financeiras devem, a partir de agora, assumir total responsabilidade ao incorporar a tecnologia de Inteligência Artificial em suas operações diárias, reconhecendo os riscos inerentes a essa atividade. É fundamental compreender que a declaração da ESMA não se restringe apenas aos casos em que as ferramentas de IA são desenvolvidas internamente pelas instituições financeiras, mas também abrange o uso de tecnologias de IA de terceiros, como ChatGPT e Google Bard.
A ESMA enfatizou que os bancos devem garantir a supervisão adequada dessas tecnologias, em conformidade com o MiFID, diretiva relativa aos mercados de instrumentos financeiros em vigor na UE desde novembro de 2007. É relevante observar que essa abordagem é distinta das regras da UE sobre IA, que entrarão em vigor no próximo mês. A ESMA encerrou seu comunicado destacando a importância do uso responsável da Inteligência Artificial pelos bancos e seu potencial impacto na proteção dos pequenos investidores.
Aplicação da IA nas Decisões Empresariais
É crucial ressaltar que, independentemente de as decisões serem tomadas por indivíduos ou por ferramentas baseadas em IA, as empresas continuam sendo responsáveis por suas escolhas. Um ponto central para a utilização da IA em serviços de investimento é o compromisso inabalável de agir no melhor interesse dos clientes. Esse requisito abrangente é aplicável a todas as empresas, independentemente das tecnologias adotadas para a prestação de serviços.
A ESMA definiu diretrizes sobre como as empresas financeiras podem integrar a tecnologia em suas operações diárias. Além disso, a recente aprovação da Lei de Inteligência Artificial pela UE estabelece regras baseadas em riscos para regular o uso da IA em toda a União Europeia. Essa legislação pioneira no mundo implica em regulamentações mais rigorosas para sistemas de IA que representem riscos à sociedade.
Fonte: @Olhar Digital
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