Curadora afirma: Cubo último tem corte racial e de gênero. REimagina espaço Preto, de memória, resistência. Exposições não convencionais, agenda vibrante. Local de resistência para negros.
A 3ª Bienal Preta, exposição itinerante gratuita que surgiu no sul do Brasil, conclui seu quinto e último eixo expositivo (RE)imaginando o Cubo Preto, no Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos (IPN), na cidade do Rio de Janeiro. A mostra terá sua abertura na próxima sexta-feira (10), às 17h, e ficará em cartaz até o dia 16 de junho. ‘Cada local recebeu uma denominação singular.’
A iniciativa visa destacar artistas negros emergentes e mulheres das artes, promovendo a diversidade e a representatividade no cenário cultural brasileiro. A Bienal Preta é uma oportunidade única para apreciar o trabalho desses talentosos criadores e se envolver com as narrativas e expressões que eles trazem para o público. A participação e apoio do público são essenciais para fortalecer e ampliar cada vez mais o alcance desse importante evento no calendário artístico nacional.’
Bienal Preta: Reimaginando o Cubo Preto
No caso do IPN, o tema é o mesmo do eixo (RE)imaginando o Cubo Preto, mencionou a idealizadora da Bienal Preta e uma das curadoras, Patricia Brito, em entrevista à Agência Brasil. Ela ressaltou que o próprio espaço do Instituto carrega uma carga simbólica significativa em termos sociais e culturais. A visão de território também desempenha um papel importante nesse contexto.
Exposição Itinerante Gratuita
A proposta de transformar o cubo branco em cubo preto visa essencialmente criar um local de resistência, de resgate e de memória. Patricia Brito salientou que todo o trabalho da Bienal Preta possui um enfoque racial e de gênero, mesmo que o título em si não o revele de imediato. A intenção é provocar debates, principalmente sobre questões raciais.
Artes Emergentes e Mulheres
A Bienal Preta Arte tem como objetivo principal exposição de obras de artistas emergentes, destacando especialmente mulheres. Embora a maioria dos trabalhos a serem exibidos no último eixo seja de artistas do sexo masculino, a diversidade de vozes e perspectivas é evidente. A parceria com o Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos (IPN) fortalece a proposta, aproveitando a agenda efervescente do espaço do Muhcab.
Agenda Efervescente e Locais de Resistência
A programação abrangente da 3ª Bienal Preta não se limita apenas à exposição artística. Palestras, oficinas, sessões de autógrafos, saraus e rodas de samba serão realizados, envolvendo não só o Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos, mas também escolas da rede pública de ensino. A diversidade de atividades reflete a intenção de tornar a arte acessível a diversos públicos.
Espaços Expositivos Não Convencionais
Com mais de 270 trabalhos de 225 artistas de várias partes do Brasil e do exterior, a Bienal Preta ocupa seis espaços na cidade do Rio de Janeiro e em Niterói. Além disso, há uma programação virtual para alcançar um público ainda mais amplo. A visitação à exposição está aberta ao público durante a semana, com horários específicos para cada local.
No dia 10 de maio, a programação inclui uma oficina de Escrita Criativa e uma palestra sobre Cultura, História e Futebol, seguidas por um Sarau Afro-Poético. Já em 14 de junho, será realizada uma oficina voltada para alunos de escolas públicas, proporcionando oportunidades de aprendizado e troca de experiências. A diversidade de atividades reforça a proposta da Bienal Preta de ser um espaço inclusivo e plural.
Fonte: @ Agencia Brasil
Comentários sobre este artigo