Banco destaca riscos globais e locais, com inflação a 3,5%, Selic em 9% e cortes nos EUA. Perspectivas positivas com projeções de crescimento e cenário monetário global.
O BNP Paribas está confiante em relação ao panorama econômico do Brasil para este ano, mesmo diante de alguns desafios a serem superados. O banco projeta uma inflação de 3,5% até o final de 2024, alinhada com a meta estabelecida, juntamente com uma Selic de 9% ao ano. A instituição ressalta a importância de estar atento aos possíveis riscos, principalmente os provenientes do cenário internacional.
O renomado banco francês mantém sua perspectiva positiva em relação à economia brasileira, demonstrando sua confiança nos indicadores previstos para os próximos meses. O BNP Paribas reitera sua projeção de inflação em 3,5% até o término de 2024, e uma taxa Selic de 9% ao ano, destacando a sua expertise no mercado financeiro.
BNP Paribas aposta em cortes de juros nos EUA e perspectivas positivas
Porém, também é importante destacar que o banco francês BNP Paribas se mantém confiante não apenas no cenário interno, mas também no exterior, especialmente em relação às economias desenvolvidas. A expectativa é de que os cortes de juros nos Estados Unidos aconteçam já em junho, segundo Gustavo Arruda, líder de pesquisa para a América Latina da instituição.
Arruda compartilhou as projeções do banco para diversos indicadores econômicos do país e discutiu os maiores riscos que podem afetar essas expectativas. Em meio a isso, ele ressaltou que as perspectivas são positivas e enfatizou que a projeção do BNP Paribas é de que o Brasil encerre o ano com uma inflação de 3,5%, acima do centro da meta, mas ainda dentro do limite estabelecido.
Para o IPCA em 2024, o governo busca uma meta de 3%, com margens de tolerância estipuladas. Inicialmente, o banco projetava uma inflação mais baixa, mas fatores como o câmbio e a aceleração dos preços dos alimentos mudaram esse panorama, ainda que sem alterar a projeção final.
No que diz respeito ao crescimento do PIB, a previsão é de 1,8%, com o cenário global contribuindo para não atrapalhar a expansão local. O temor de um PIB fraco no primeiro trimestre diminuiu, conforme Arruda, que apontou a possibilidade de mais cortes na taxa Selic, levando-a a 9% ao ano até o fim do ciclo de queda, mesmo reconhecendo os riscos envolvidos nesse caminho.
BNP Paribas e as projeções para os juros americanos
O BNP Paribas acredita que o Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos realizará cortes de juros, com três reduções de 0,25 ponto percentual previstas para este ano e mais três no próximo. Esse cenário contrasta com as expectativas do mercado no início deste ano, que apostavam em uma queda precoce dos juros diante da desaceleração da inflação nos EUA.
No entanto, a pressão inflacionária gerada por um mercado de trabalho aquecido trouxe incertezas, mas Jerome Powell, presidente da autoridade monetária dos EUA, tem buscado acalmar os ânimos. Caso os juros americanos permaneçam altos, isso pode influenciar investidores a migrarem para títulos públicos dos EUA, considerados seguros e com rendimentos atrativos.
Essa movimentação pode levar países como o Brasil a manterem suas taxas de juros elevadas para competir nesse cenário global, elevando o ‘prêmio de risco’ e atraindo investidores em busca de maiores retornos.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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