Uso indiscriminado de medicação para asma dificulta controle da doença, promove crescimento de sintomas e efeitos adversos importantes.
Uma pesquisa recente, divulgada no Jornal Brasileiro de Pneumologia, revela que o uso abusivo da bombinha, de asma, remédio conhecido para alívio imediato da asma – condição inflamatória crônica das vias respiratórias que resulta em episódios de dificuldade para respirar, chiado e aperto no peito, tosse e respiração curta e rápida – aumenta a probabilidade de crises e estimula o aumento gradual dos sintomas, podendo, até mesmo, resultar em hospitalizações.
No entanto, é importante ressaltar que o uso correto das bombinhas, de asma, medicação para asma, é fundamental para o controle eficaz da doença, proporcionando alívio dos sintomas e prevenindo complicações. É essencial seguir as orientações médicas quanto à dosagem e frequência de uso da bombinha, de asma, para garantir uma qualidade de vida melhor e reduzir o risco de crises agudas. A conscientização sobre o manejo adequado da asma e o papel da medicação para asma são cruciais para o bem-estar dos pacientes e a prevenção de agravamentos da condição.
O uso excessivo de bombinhas de asma pode acarretar efeitos adversos importantes
O relatório destaca que o uso inadequado e indiscriminado da medicação para asma dificulta o controle da doença e pode resultar em efeitos adversos importantes, como a necessidade de corticosteroides orais quando a condição se torna crônica. Marcelo Rabahi, professor de Pneumologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás, enfatiza que o padrão de prescrição excessiva foge das recomendações médicas estabelecidas. O uso excessivo de bombinhas de asma pode levar à falta de percepção da gravidade da doença e à necessidade de tratamentos mais agressivos com corticosteroides orais.
Altas taxas de compra de bombinhas de asma sem receita médica
O estudo revela que há altas taxas de compra de bombinhas de asma (SABA) sem receita médica, o que contribui para o uso indiscriminado da medicação. Em locais nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste do Brasil, tanto em serviços públicos quanto privados, 49,1% dos pacientes em tratamento com bombinhas de asma apresentaram uma ou mais crises graves da doença. Esses achados são preocupantes e indicam a necessidade de maior conscientização sobre o uso adequado desses medicamentos.
Estudo sobre práticas de prescrição e uso de bombinhas de asma
Com base nos dados do programa global SABA use IN Asthma (SABINA), foi realizado um estudo que avaliou as práticas de prescrição e uso indiscriminado das bombinhas de asma. Dos 218 pacientes asmáticos analisados, 80,3% receberam prescrição de SABA além da terapia de manutenção, com uma média de 11,2 frascos do medicamento nos 12 meses anteriores. Esses números apontam para um uso excessivo das bombinhas, com desfechos clínicos desfavoráveis, como um aumento de crises e maior risco de mortalidade.
Educação sobre o tratamento da asma é essencial
As descobertas do estudo destacam a necessidade de mais educação sobre o caráter inflamatório da asma, os diferentes níveis de gravidade da doença e as opções terapêuticas disponíveis, como os imunobiológicos. É fundamental que os profissionais de saúde estejam atentos a essas questões e sigam as diretrizes clínicas recomendadas para o tratamento da asma. Desde 2019, a Iniciativa Global pela Asma (GINA) e, em 2020, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) recomendam o uso do broncodilatador associado a corticoide inalatório, em vez da monoterapia com SABA.
Astma no Brasil: um cenário preocupante
Estima-se que atualmente existam cerca de 20 milhões de pessoas com asma no Brasil. Dados de um banco nacional revelam que as mortes pela doença estão em crescimento no país, com 2.488 óbitos registrados em 2021. É crucial conscientizar a população sobre o uso adequado das bombinhas de asma e seguir as orientações médicas para garantir um controle eficaz da doença e evitar complicações graves.
Fonte: @ Veja Abril
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