Desafios incluem pesquisas sobre impactos de longo prazo do biocarvão nos solos brasileiros, produção em larga escala e comercialização.
Pesquisadores brasileiros estão explorando o potencial do biocarvão como uma alternativa sustentável para a produção de energia. Um estudo recente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) destacou a importância de investir nessa tecnologia inovadora, que já é utilizada por 230 empresas globalmente. No Brasil, o uso de biocarvão ainda está em estágio inicial, mas promete ser uma solução promissora para reduzir a dependência de combustíveis fósseis.
O biocarvão, também conhecido como biochar, é produzido a partir da pirólise da biomassa e possui propriedades únicas que podem melhorar a qualidade do solo e contribuir para a redução das emissões de carbono. Com o avanço das pesquisas e investimentos nessa área, o Brasil tem a oportunidade de se tornar um líder na produção de biocarvão e promover a transição para uma economia mais verde e sustentável. Essa tecnologia inovadora tem o potencial de revolucionar a forma como produzimos e utilizamos energia, trazendo benefícios tanto para o meio ambiente quanto para a economia do país.
O Biocarvão no Brasil: Produção em Larga Escala e Impactos de Longo Prazo
O biocarvão, também conhecido como biochar, é um recurso semelhante ao carvão vegetal, mas com um processo de produção distinto, envolvendo a pirólise da biomassa. Considerado uma Solução Baseada na Natureza (SbN) no enfrentamento das mudanças climáticas, seu potencial para a remoção permanente de carbono é visto como fundamental para a agricultura brasileira.
Especialistas destacam que o uso do biocarvão pode abrir portas para a comercialização de créditos de carbono no mercado voluntário, trazendo benefícios econômicos e ambientais. No entanto, desafios como a necessidade de mais pesquisas sobre os impactos de longo prazo nos solos do Brasil e questões econômicas e tecnológicas relacionadas à produção em larga escala precisam ser superados.
A empresa francesa NetZero, pioneira em green tech, está investindo na produção de biocarvão no Brasil, com fábricas em operação em Lajinha, Minas Gerais, e Brejetuba, Espírito Santo. O plano da empresa inclui a construção de mais duas usinas no país, visando aprimorar o modelo e demonstrar sua replicabilidade e escalabilidade.
Um dos principais diferenciais do biocarvão em relação ao carvão vegetal é sua aplicação como corretivo de solos agrícolas, promovendo aumento da produtividade e redução das emissões de gases de efeito estufa. Obtido por meio da pirólise, o biocarvão atua como um condicionador de solo, retendo água e nutrientes essenciais para as plantas.
Além dos benefícios agrícolas, o biocarvão também se destaca pela geração de créditos de carbono no mercado voluntário, com preços atrativos que podem impulsionar a competitividade dos produtos agrícolas brasileiros. O custo de produção por tonelada de CO2 removido varia entre R$ 400 e R$ 600, enquanto o preço dos créditos do biocarvão situa-se entre R$ 600 e R$ 1 mil, tornando-os uma opção financeiramente viável e ambientalmente benéfica.
Fonte: @ Mercado e Consumo
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