Equipe econômica propõe mudança na meta fiscal para regras mais prudentes, em meio a incertezas sobre consolidação e trajetória de endividamento.
Recentemente, após a equipe econômica propor uma modificação na meta fiscal a partir de 2025, o Fundo Monetário Internacional (FMI) destacou a necessidade de um esforço fiscal ainda mais determinado para garantir a redução da dívida pública. É crucial que o país se empenhe em adotar medidas eficazes para melhorar sua situação financeira.
A pressão do FMI para um esforço fiscal mais robusto reflete a importância de implementar uma medida fiscal eficiente e uma estratégia financeira sólida. Neste cenário, é fundamental que o governo avalie a melhor maneira de promover um ajuste econômico que atenda às recomendações internacionais.
Equipe Econômica Apresenta Detalhes sobre Esforço Fiscal para Mudar Meta
Questionado durante a coletiva de apresentação da mais recente edição do Monitor Fiscal sobre a proposta de mudança da meta fiscal do Brasil, Vítor Gaspar, diretor do Departamento de Finanças Públicas do FMI, preferiu não abordar diretamente o assunto. No entanto, ressaltou que a incerteza em torno da consolidação fiscal ainda é significativa. Segundo Gaspar, a gestão da dívida e os desafios de financiamento estão demandando medidas fiscais e um gerenciamento da dívida prudentes, não apenas no Brasil, mas em nível global.
A colocação do Brasil em uma trajetória de queda do endividamento requer um esforço fiscal mais vigoroso e consistente, que precisa estar alinhado com a nova regra fiscal, ao mesmo tempo em que garante a proteção dos gastos sociais e do investimento público. Essas estratégias financeiras são essenciais para a sustentabilidade econômica a longo prazo do país.
Na edição mais recente do relatório, o FMI prevê que a dívida bruta do Brasil alcance 86,7% em 2024, aumentando progressivamente nos próximos anos e atingindo 93,9% em 2029. Essas projeções indicam uma melhoria na trajetória da dívida em comparação com o relatório anterior, divulgado em outubro do ano passado. Naquela ocasião, a estimativa era de que a dívida bruta chegasse a 96,0% em 2028, número que agora foi revisado para 93,4%.
Apesar da evolução positiva, o nível de endividamento permanece consideravelmente acima da média dos países emergentes. Enquanto o Brasil enfrenta um cenário de dívida em ascensão, as nações emergentes em geral projetam um aumento mais moderado, atingindo 78,1% em 2029. Esse contraste destaca a importância de uma estratégia fiscal sólida e de um eficiente gerenciamento da dívida para assegurar a estabilidade econômica.
O FMI também estima um déficit primário de 0,3% do PIB em 2025, com a tendência de melhora ao longo dos anos, alcançando um superávit de 0,9% em 2029. Essa trajetória positiva contrasta com as previsões anteriores, que apontavam para um déficit de 0,2% em 2025, seguido por um superávit de 1,1% até 2028. Essas previsões ressaltam a importância do esforço fiscal contínuo para a estabilidade econômica e a sustentabilidade das finanças públicas do país.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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