Promoção livre e mau uso de acionistas tailandeses causaram deterioração do negócio: promoção ilimitada (camarão), caranguejo à vontade.
Em 2003, a rede de camarão-vermelho Red Lobster lançou a promoção ‘Caranguejo à Vontade’.
Para os amantes de frutos do mar, a rede de camarão Red Lobster é um verdadeiro paraíso gastronômico, oferecendo não apenas camarão-vermelho e caranguejo vermelho, mas uma variedade deliciosa de pratos marinhos. Os ingredientes frescos e a qualidade excepcional dos frutos do mar fazem da Red Lobster um destino imperdível para quem aprecia uma boa refeição do mar. Além disso, a rede de caranguejo Red Lobster é conhecida por seu ambiente acolhedor e seu atendimento impecável.
Desafios da Popularidade do Camarão-vermelho
O problema é que o sucesso repentino da promoção de ‘camarão à vontade‘ da Red Lobster acabou se transformando em um desafio inesperado. A rede subestimou a intensa demanda dos fãs de frutos do mar, que invadiram os restaurantes ávidos por camarões suculentos e caranguejos vermelhos cobertos de manteiga. Embora tenha sido um festival delicioso para os clientes, a Red Lobster acabou perdendo uma quantia considerável – nada menos que US$ 3,3 milhões em apenas sete semanas.
Não foi a terceira, mas a segunda rodada do ‘coma à vontade’ que resultou em prejuízos significativos, como revelou um alto executivo da Red Lobster naquela época, ao tentar justificar a situação para os analistas. Duas décadas mais tarde, a Red Lobster repetiu um erro semelhante, desta vez envolvendo camarões – e com o agravante de estar sob operação de uma empresa estrangeira, desencadeando uma série de complicações para a rede.
Repetição do Deslize com os Frutos do Mar
No verão passado, a Red Lobster resolveu incluir o ‘camarão à vontade’ de US$ 20 (R$ 101,25) como um item fixo do cardápio, em vez de uma promoção temporária. Mais uma vez, a oferta se mostrou irresistível para os amantes de frutos do mar, deixando a rede de camarão despreparada para atender à voraz vontade dos clientes por pratos marinhos com descontos. A Thai Union, principal acionista da Red Lobster e empresa de conservas de frutos do mar radicada em Bangkok, acabou amargando um prejuízo considerável de US$ 11 milhões.
‘Precisamos agir com mais cautela’, destacou um executivo da empresa tailandesa, após o revés. A falta de uma gestão eficaz foi apontada por John Gordon, analista do ramo de restaurantes, como um dos principais fatores nas dificuldades enfrentadas pela rede. Embora as ofertas de ‘camarão à vontade’ e ‘caranguejo à vontade’ tenham sido estratégias mal executadas, elas não representam a sentença final para a Red Lobster – apenas deslizes em uma trajetória tumultuada para uma empresa que já foi referência no setor.
O Futuro Incerto para a Rede do Caranguejo-vermelho
Os desafios continuam se acumulando para a Red Lobster, que agora considera medidas drásticas, como a possibilidade de pedir proteção contra falência para reorganizar suas finanças e reduzir o número de suas 650 unidades espalhadas pelos Estados Unidos. A contratação de um CEO especializado em reestruturação pode indicar um desfecho iminente.
A icônica marca norte-americana de frutos do mar tem enfrentado uma série de obstáculos, incluindo mudanças de mãos entre investidores e controladoras, além de problemas de gestão por parte da Thai Union. Cortes de custos significativos impostos pela empresa tailandesa resultaram em impactos negativos a longo prazo nas vendas, conforme revelou um ex-executivo da Red Lobster em entrevista à CNN sob anonimato.
A ascensão explosiva de redes de fast-casual como Chipotle e gigantes do fast-food como Chick-fil-A ao longo das últimas décadas também contribuiu para a pressão sobre a Red Lobster. O subinvestimento em marketing, qualidade dos alimentos, atendimento ao cliente e renovação das unidades comerciais prejudicaram a capacidade da rede de atrair a nova geração de consumidores em busca de experiências gastronômicas atualizadas.
Fonte: © CNN Brasil
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