Fiocruz aponta aumento de casos de variantes circulantes na região centro-sul, apesar da vacinação contra influenza.
O mais recente relatório do InfoGripe, publicado hoje, mostra um crescimento nos registros de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em diversas regiões do Brasil. De acordo com os dados, os estados que apresentaram aumento de casos incluem Amapá, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Roraima e São Paulo.
É preocupante a disseminação da SRAG em tantas localidades, o que reforça a importância das medidas preventivas e do acompanhamento da situação epidemiológica. A vigilância constante e a pronta resposta das autoridades de saúde são essenciais para conter a propagação do vírus e proteger a população. A colaboração de todos é fundamental para enfrentar esse desafio de saúde pública.
Novas variantes circulantes do vírus e aumento de casos de SRAG
O crescimento observado está associado aos vírus influenza A, sincicial respiratório (VSR) e rinovírus, indicando uma retomada na maioria dos estados da região centro-sul do Brasil. Além disso, há um cenário de aumento de atividade de VSR em crianças pequenas nos estados do Norte, como Amapá, Roraima e Ceará.
Circulação de vírus e estabilidade de SRAG
Em nível nacional, há indícios de estabilidade da síndrome respiratória aguda grave tanto a longo prazo (últimas seis semanas) quanto a curto prazo (últimas três semanas). Os dados da Semana Epidemiológica 25, de 16 a 22 de junho, baseiam-se nas informações do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até 24 de junho.
SRAG e covid-19: situação nos estados brasileiros
A covid-19 tem se mantido em níveis baixos em comparação com seu histórico de circulação. No entanto, tem sido a principal causa de internações por síndrome respiratória aguda grave entre os idosos no Ceará recentemente. Além disso, algumas regiões do Norte e Nordeste também têm apresentado uma leve atividade da covid-19.
Alerta da pesquisadora Tatiana Portella sobre a circulação de vírus
Tatiana Portella, pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz (Procc/Fiocruz) e do InfoGripe, destaca a importância da vigilância diante do início de atividade do vírus em regiões do Norte e Nordeste. Ela ressalta a necessidade de atenção redobrada nos hospitais e unidades de síndrome gripal para detectar qualquer aumento na circulação viral.
Vacinação e medidas preventivas contra influenza e covid-19
A pesquisadora enfatiza a importância da vacinação contra influenza e covid-19 para todos os grupos elegíveis. Além disso, recomenda o uso de máscaras em locais fechados com aglomeração e em postos de saúde, especialmente em regiões com alta circulação de vírus respiratórios. Em caso de sintomas, Tatiana aconselha o isolamento para evitar a propagação do vírus, especialmente entre grupos de risco.
Prevalência de vírus respiratórios e óbitos associados
Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência de casos positivos para vírus respiratórios foi de influenza A (22,6%), influenza B (0,8%), VSR (47,2%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (6%). Entre os óbitos, os vírus mais presentes foram influenza A (47,1%), VSR (21,5%), e Sars-CoV-2/Covid-19 (22,4%).
Fonte: @ Agencia Brasil
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