Movimento afeta especialmente os retornos nos papéis de renda fixa pública e privada, que acompanham o CDI, taxa básica de juros e taxa referencial.
A alta da Selic e seus impactos nos investimentos em poupança, Tesouro Direto e CDBs. Com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) de elevar a taxa básica de juros de 10,5% para 10,75% ao ano, os investidores começaram a se perguntar como isso afetará seus investimentos.
A alta da Selic é um sinal claro de que a taxa de juros da economia está subindo, o que pode afetar diretamente os rendimentos dos investimentos em poupança, Tesouro Direto e CDBs. A taxa de juros mais alta pode significar um aumento nos rendimentos para os investidores, mas também pode aumentar o custo do dinheiro para os empréstimos. É importante lembrar que a Selic é um indicador importante para a economia e pode influenciar as decisões de investimento. Com a alta da Selic, os investidores devem estar atentos às mudanças nos rendimentos e ajustar suas estratégias de investimento de acordo.
Entendendo o Impacto da Selic nos Investimentos
A variação da Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira, tem um impacto significativo nos retornos dos investimentos em renda fixa pública e privada. Isso inclui papéis como CDBs, LCAs e LCIs, que acompanham o CDI, e o Tesouro Selic, que é diretamente afetado pela Selic. Além disso, a caderneta de poupança também é influenciada, embora de forma menos intensa.
Quando a Selic está acima de 8,5%, o rendimento da poupança deixa de ser linear e é limitado a 0,5% ao mês, ou 6,17% ao ano, mais a variação da taxa referencial (TR). No entanto, com juros acima de dois dígitos, a TR começa a agregar algum rendimento à poupança. Mesmo assim, outros investimentos de renda fixa continuam a oferecer retornos mais atraentes.
Simulações de Retorno com a Selic em 12,08%
Considerando a expectativa de juros futuros, com a Selic em 12,08% daqui um ano, podemos simular os retornos de diferentes investimentos. Por exemplo, aplicando R$ 10 mil em um CDB de liquidez diária com remuneração de 103% do CDI, o resgate seria de R$ 11.018, após descontos do Imposto de Renda, resultando em uma rentabilidade líquida de 10,18% em um ano.
Já no título Tesouro Selic com vencimento em 2027, o resgate seria de R$ 10.980,35, após a cobrança de Imposto de Renda de 17,5%, resultando em um retorno de 9,8% em 12 meses. Em uma LCA ou LCI que paga 93% do CDI, a retirada seria de R$ 11.111,74, resultando em um retorno de 11,12%, pois esses títulos são isentos de Imposto de Renda.
Comparação com a Poupança
Em comparação, a poupança ofereceria um resgate de R$ 10.702, considerando a TR prevista nesse prazo, de cerca de 0,85% ao ano. Embora pareça pouco, a diferença é significativa no longo prazo. Quanto maior o tempo de aplicação, menos vantajosa é a poupança.
Tendências de Investimento
Os títulos pós-fixados, atrelados ao CDI, seguem sendo os mais atrativos em todos os prazos, refletindo as expectativas de juros mais altos para frente. Além disso, os produtos isentos de Imposto de Renda, como LCI, LCA, CRI, CRA e debêntures incentivadas, são os mais populares entre investidores. Muitos papéis de renda fixa estão sujeitos a tributação do Imposto de Renda, mas a aplicação direta nesses títulos e via fundos de investimentos é uma opção cada vez mais procurada.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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