Próxima reunião do Copom deve ter troca de discurso próximo, endurecimento e alta de juros devido à crise e déficit pós-pandemia.
Com a mudança no comando do Banco Central (BC) sendo discutida e a pressão por um aumento nos juros se intensificando, a expectativa de elevação da taxa na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) é cada vez mais evidente, de acordo com especialistas do mercado financeiro.
O mercado financeiro está atento às movimentações em torno da taxa de juros, com a possibilidade de aumento dos juros básicos sendo considerada como uma medida necessária para conter a inflação e manter a estabilidade econômica do país.
Juros em destaque: Selic em 10,5% ao ano
A taxa de juros básicos, representada pela Selic, encontra-se atualmente em 10,5% ao ano. Com um déficit nominal de 10%, um nível que o país só experimentou duas vezes, durante a crise da pandemia e em meio à turbulência do governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), há algo impulsionando a economia. O Banco Central, diante desse cenário, parece não ter alternativa senão elevar a Selic, conforme indicado nas últimas semanas.
Pressão por aumento dos juros
André Jakurski, sócio-fundador da JGP, compartilhou durante um evento do BTG Pactual que a pressão por um aumento dos juros é real. Ele destacou que a taxa de juros, a taxa de juros básicos e o déficit de 0,3%, 0,4% e 0,7% são temas frequentes nas discussões atuais. No entanto, ressaltou que no curto prazo esses números podem não ter um impacto significativo no mercado, embora no longo prazo a situação possa se agravar.
Missão do Banco Central diante da inflação
Jakurski também mencionou que o Banco Central tem uma missão a cumprir, que vai além da simples busca por referências de mercado. Ele enfatizou que a instituição não está totalmente alinhada com a meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. O endurecimento da política monetária, através do aumento da Selic, pode ser uma das estratégias adotadas para lidar com a situação.
Desafios econômicos em meio à pandemia
Em um discurso próximo à realidade econômica atual, Jakurski destacou que a crise da pandemia trouxe desafios significativos para o país. O mercado financeiro busca por sinais claros de como o Banco Central irá agir diante do cenário de incertezas. A próxima reunião do Copom será crucial para definir os rumos da política monetária, em meio a um contexto de crise e déficit.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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