Coloproctologista, cirurgião do aparelho digestivo, presidente do Hospital Israelita Albert Einstein, propõe soluções de IA para estruturas regionais de saúde dos agentes locais.
A inteligência artificial está revolucionando a maneira como lidamos com a área da saúde. Em um cenário fictício, podemos imaginar que um sistema baseado em inteligência artificial ajudaria a diagnosticar precocemente condições como o infarto sofrido por João, levando a uma ação rápida para salvar vidas.
Além disso, a IA pode auxiliar no monitoramento contínuo da saúde de pacientes como João, permitindo identificar padrões e sinais de alerta que poderiam passar despercebidos de outra forma. Dessa forma, a integração da inteligência artificial na medicina promete impactar positivamente a qualidade de vida e a prevenção de doenças. A evolução da IA na área da saúde é um grande avanço para a sociedade, proporcionando cuidados mais eficientes e personalizados.
Utilizando a Inteligência Artificial para Prever Riscos de Complicações de Saúde em Regiões Vulneráveis
O personagem fictício do senhor João exemplifica como a implementação de uma espécie de ‘bola de cristal’ poderia ter impacto no seu tratamento médico. Essa ‘bola de cristal’ é um algoritmo de inteligência artificial (IA) empregado em cidades de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) no Norte de Minas Gerais e Sul da Bahia. Ele é treinado para antecipar riscos de complicações relacionadas à hipertensão, como AVC e infarto, com base em dados coletados por agentes de saúde locais.
A relevância disso é evidente, pois intervenções preventivas poderiam ser realizadas para evitar situações graves, hospitalizações e custos associados. As soluções de IA têm a capacidade de analisar exames de imagem e identificar a presença de doenças, ampliando as possibilidades de diagnóstico precoce e tratamento eficaz.
A atuação da inteligência artificial nas questões de saúde pública, especialmente no Brasil, é crucial diante do envelhecimento da população e do aumento de doenças crônicas. As disparidades nas estruturas regionais de assistência à saúde dificultam o acesso a cuidados médicos adequados, agravando desigualdades sociais e de saúde.
As tecnologias de IA já estão contribuindo para enfrentar esses desafios, oferecendo suporte na interpretação de exames médicos e na identificação precoce de condições como AVC e câncer de mama. Em ambientes com recursos limitados, a IA pode desempenhar um papel vital no diagnóstico oportuno e na otimização de intervenções médicas, minimizando danos e sequelas.
A IA não apenas complementa, mas também aprimora o trabalho dos profissionais de saúde, resultando em tratamentos mais eficazes e seguros. Um estudo realizado na Tanzânia demonstrou que um aplicativo baseado em algoritmos de IA para apoio à decisão clínica contribuiu para a redução segura da prescrição de antibióticos, combatendo a resistência bacteriana decorrente do uso excessivo desses medicamentos.
Na Amazônia Brasileira, onde a mortalidade materna é alta e há escassez de especialistas, a implementação de soluções de IA pode ser um divisor de águas, possibilitando um acompanhamento pré-natal mais eficaz e reduzindo as lacunas no atendimento médico.
A inteligência artificial desempenha um papel transformador na saúde pública, promovendo diagnósticos mais precisos, tratamentos mais eficazes e aprimoramento dos sistemas de assistência médica em regiões com necessidades específicas.
Fonte: @ Estadão
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