Batida de caminhões despejou gasolina, óleo diesel e material asfáltico no rio Suruí, em Magé, na Baixada Fluminense (RJ). Passeata pede ações para proteger a reprodução e medidas de recuperação ambiental, destacando o mapa da desigualdade.
A comunidade pesqueira depende do rio para sua sobrevivência, mas a contaminação do rio está afetando a saúde dos moradores, que relatam irritação na pele e problemas de saúde relacionados à intoxicação. A situação é grave e exige ações concretas para resolver a contaminação e minimizar os impactos ambientais.
Para chamar a atenção para essa questão, uma passeata foi organizada pelo GreenFaith no Brasil e associações locais. Eles exigem uma investigação rigorosa sobre a origem da contaminação, punição para os responsáveis e apoio às famílias afetadas. Além disso, é fundamental que sejam tomadas medidas para prevenir desastres ambientais e reduzir a presença de poluentes no rio, garantindo um futuro mais seguro e saudável para a comunidade.
Contaminação do Rio Suruí: Moradores e Pescadores Pedem Ações Concretas
A contaminação do rio Suruí, causada por um acidente em 1º de outubro de 2024, continua a afetar a vida dos moradores e pescadores de Magé. Vanilza da Conceição Gomes, pescadora e moradora da região, relata que ‘dependemos do caranguejo para sobreviver, mas ninguém quer comprar com medo de contaminações. Estamos vendo um berço de vida destruído’. A contaminação do rio foi causada por um acidente em que dois caminhões bateram, derramando cinco mil litros de poluentes, incluindo gasolina, diesel e emulsão asfáltica, no afluente da Baía de Guanabara.
A situação se agrava porque estamos no período de proibição da pesca, para proteger a reprodução. Rafael Santos Pereira, presidente da Associação de Caranguejeiros e Amigos dos Mangues de Magé, explica que ‘estamos lutando para que as autoridades assumam a responsabilidade, implementem medidas de recuperação e apoiem as famílias prejudicadas’. A contaminação do rio Suruí também causou relatos de irritações na pele e intoxicação. Vanilza da Conceição Gomes relata que ‘estou tomando remédio desde que tudo aconteceu. Minha garganta dói e meu neto também passou mal’.
Desastres Ambientais e Medidas Emergenciais
A contaminação do rio Suruí é apenas um exemplo dos desastres ambientais que afetam a região. Segundo dados do mapa da desigualdade publicado pela Casa Fluminense, em 2023, Magé é um dos municípios mais vulneráveis a desastres ambientais na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Cerca de 73 mil domicílios de Magé estão localizados em áreas de alto risco de alagamento, o que corresponde a 66% das moradias da cidade. A porcentagem supera a capital e é mais do que o dobro da Baixada Fluminense, cuja média de áreas com risco de alagamento é de 28% dos domicílios.
Medidas emergenciais, como a instalação de boias de contenção, são insuficientes para resolver os vários problemas causados pelo acidente. A comunidade está pedindo ações concretas de recuperação ambiental e apoio às famílias prejudicadas. A passeata de protesto realizada pelos moradores, pescadores e ativistas é um exemplo da luta pela proteção do meio ambiente e pela justiça social. A contaminação do rio Suruí é um lembrete da importância de proteger o meio ambiente e de tomar medidas para prevenir desastres ambientais.
Fonte: @ Terra
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