Guiana solicitou reunião a portas fechadas no Conselho de Segurança sobre planos da Venezuela de incorporar Essequibo, território rico em petróleo, sob governo de Nicolás Maduro.
O debate sobre a disputa territorial na região do Essequibo foi o tema central da última reunião do Conselho de Segurança. Os membros discutiram estratégias para mediar a tensão entre Venezuela e Guiana em relação a esse território e garantir a segurança na região.
A ONU tem buscado formas de promover o diálogo e evitar uma escalada da crise entre Venezuela e Guiana. A reunião fechada do Conselho de Segurança reafirmou o compromisso de encontrar uma solução pacífica para a questão territorial, visando a estabilidade e o respeito mútuo entre os países envolvidos.
A tensão entre Venezuela e Guiana: Conselho de Segurança se reúne para debater a crise
No início deste mês, o governo de Nicolás Maduro aprovou uma lei que propõe a anexação de Essequibo, desencadeando uma crise entre Venezuela e Guiana. Essa legislação surgiu após um referendo realizado no ano passado no país, que resultou em ameaças de conflito armado entre as nações envolvidas. A região em questão é um território rico em petróleo, o que aumenta ainda mais a complexidade do cenário.
A reunião fechada no Conselho de Segurança da ONU contou com a presença de representantes da Venezuela e da embaixadora da Guiana, Carolyn Rodrigues-Birkett. Ao final do encontro, a embaixadora expressou sua satisfação ao afirmar que a maioria do Conselho apoia a integridade territorial. Ela destacou que há um padrão nas ações da Venezuela em relação a Essequibo e alertou para a necessidade de vigilância, mencionando que não se pode confiar apenas nas declarações verbais do representante venezuelano.
A Guiana convocou a reunião do Conselho de Segurança da ONU em resposta à lei aprovada por Maduro, que considera Essequibo como parte de seu território. O presidente de Guiana, Irfaan Ali, classificou essa legislação como uma clara violação do direito internacional, alegando que a Venezuela busca anexar uma parte significativa do território guianense.
A disputa por Essequibo é um conflito antigo entre os dois países, que foi reacendido no ano passado com o referendo promovido pelo governo de Maduro. A região em questão é do tamanho do estado do Ceará e possui significativos recursos petrolíferos, o que a torna um ponto de interesse estratégico para ambas as nações.
Em meio a essa tensão, em dezembro de 2023, Guiana e Venezuela assinaram um acordo para evitar ameaças e o uso da força nesta disputa territorial. No entanto, as ações recentes de Maduro, representadas pela nova legislação, contrariam o compromisso anteriormente assumido, gerando preocupações e aumentando as tensões na região.
Diante desse cenário delicado, a atuação do Conselho de Segurança da ONU se torna crucial para evitar uma escalada do conflito e buscar uma solução pacífica para a disputa territorial entre Venezuela e Guiana. Os desdobramentos das discussões e ações tomadas pelas partes envolvidas serão determinantes para o futuro da região de Essequibo e para a estabilidade na América Latina e Caribe.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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