Se a teoria estiver correta, os mercados estão instáveis devido às forças significativas, inflação rígida e o aquecimento do mercado de trabalho.
Na semana passada, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, divulgou comunicado crucial para acalmar as preocupações sobre os impactos do crescimento econômico. Ele destacou a importância de medidas cautelosas em relação ao cenário financeiro global.
Mediante os desafios atuais, é fundamental manter-se informado sobre as decisões do Federal Reserve, para compreender as estratégias que visam garantir a estabilidade econômica. A transparência das ações do FED é essencial para antecipar possíveis cenários e agir preventivamente em caso de turbulências financeiras.
FED e o Cenário Econômico Atual
Dimon, que já vem emitindo alertas há algum tempo, destacou as preocupações com as grandes quantidades de gastos públicos praticados pelo governo americano, os esforços do Federal Reserve para reduzir o seu balanço, e as guerras em curso no Oriente Médio e na Ucrânia, que têm o potencial de perturbar os mercados de commodities e as relações geopolíticas. Essas forças significativas representam riscos significativos e demandam cautela, afirmou o CEO do JPMorgan Chase, acrescentando ainda que o banco está preparado para taxas ‘de 2% a 8%, ou até mais’.
Recentemente, durante uma aula de Macroeconomia em um MBA do IBMEC, discuti com os alunos a reação peculiar dos mercados nos últimos meses diante dos eventos econômicos em curso. Muitas das premissas tradicionais parecem não se aplicar atualmente, o que levanta questionamentos sobre a validade das teorias econômicas.
Um exemplo emblemático mencionado foi a divulgação do forte desempenho do mercado de trabalho em 5 de abril, com a adição de 303 mil postos em março e uma baixa taxa de desemprego de 3,8%. Mesmo com esses números sólidos, as bolsas dispararam, provocando reflexões sobre a relação entre mercado de trabalho aquecido e movimentações financeiras.
A volatilidade do mercado aciona incertezas sobre como o Federal Reserve irá agir em relação à política monetária, sobretudo diante da inflação rígida e das taxas de juros elevadas para conter a carestia. O mercado está atento à postura do FED, considerando suas ações em um ambiente de economia forte e desafios inflacionários.
A inflação pós-pandemia se revela como um fenômeno complexo, desafiando expectativas de resolução rápida. O excesso de moeda na economia tem sido apontado como um dos principais impulsionadores da inflação, levando a um cenário de preços em ascensão. A análise do nível de M2, indicador que retrata a quantidade de moeda circulante, proporciona insights valiosos sobre esse contexto.
A revisão dos dados econômicos e a análise cuidadosa das ações do Federal Reserve são fundamentais para compreender a dinâmica atual e antecipar os possíveis desdobramentos nos mercados globais. O equilíbrio entre uma forte economia nos EUA, uma inflação controlada, taxas de juros adequadas e a influência de fatores externos nas relações geopolíticas são elementos essenciais a considerar para navegar com segurança nesse ambiente desafiador.
Fonte: @ Valor Invest Globo
Comentários sobre este artigo