Ministro Alexandre Moraes considerou pedido com cinismo da plataforma X que beirou a má-fé, crucial nos casos de comunicação de ordens judiciais.
O Ministro Alexandre de Moraes negou o requerimento da X Brasil Internet Ltda. de direcionar as ordens judiciais relacionadas à plataforma X (antigo Twitter) apenas à X Corp, sediada nos Estados Unidos. A decisão reforça a importância de se cumprir as determinações legais no contexto das operações da X Brasil no país.
Essa medida destaca a relevância de garantir que as empresas atuantes no território nacional, como a X Brasil Internet Ltda., estejam em conformidade com as leis brasileiras. A presença de uma empresa brasileira no mercado nacional traz consigo a responsabilidade de seguir as regulamentações vigentes, demonstrando compromisso com a legislação do país.
Responsabilidade da Empresa Brasileira na Plataforma X Brasil
A empresa brasileira X Brasil defendeu a estrutura dual de gestão da plataforma, atribuindo as operações nos EUA à X Corp e na Irlanda à Twitter International Company. Salientou seu foco em atividades comerciais, publicidade e a disposição em facilitar a comunicação de ordens judiciais. No entanto, o ministro Alexandre Moraes rejeitou a tentativa da empresa de transferir responsabilidades, enfatizando o papel crucial desempenhado pela X Brasil na rede social no país.
Contribuição da X Brasil na Plataforma X Brasil
Moraes destacou que a X Brasil é responsável pela promoção e divulgação da plataforma no Brasil, inclusive no contexto das milícias digitais. Além disso, a empresa contribui significativamente para os ganhos financeiros da operação. O ministro criticou a postura da empresa em tentar se eximir de responsabilidades legais, evidenciando certa falta de sinceridade diante de seu papel ativo na adaptação da plataforma ao ambiente jurídico nacional.
Marco Civil da Internet e Responsabilidade da X Brasil
Ao citar o Marco Civil da Internet, Moraes ressaltou a obrigação da X Brasil em cumprir com as decisões judiciais, conforme suas atividades na rede social. A empresa, segundo ele, não pode se eximir de responsabilidades, uma vez que é parte integrante da estrutura operacional da plataforma. O ministro interpretou o pedido de transferência de responsabilidades como potencial má-fé, evidenciando contradições após anos de colaboração com o STF e o TSE.
Fundamentos Legais e Atuação da X Brasil
Moraes apontou a prática ilícita do venire contra factum proprium no pedido da X Brasil, considerando a postulação como litigante de má-fé. Ele ressaltou a importância da empresa em questões judiciais relacionadas às redes sociais e sua participação em decisões anteriores, que contradizem a tentativa de se desvincular da responsabilidade legal. Assim, a X Brasil deve cumprir integralmente com as ordens judiciais, sob pena das consequências civis e criminais de suas ações.
Fonte: © Migalhas
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