O grupo de risco para doenças inclui pessoas de baixa renda, menos escolarizadas e de faixa etária mais avançada, principalmente em bairros mais populosos.
Os casos de dengue continuam preocupando a população de São Paulo, especialmente nas regiões com menor índice de desenvolvimento humano e acesso precário à saúde. Segundo especialistas, a prevenção é a melhor forma de combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Manter recipientes limpos e sem acúmulo de água é essencial para evitar a proliferação do vetor.
Além da dengue, a febre hemorrágica também representa um risco à saúde pública, sendo uma forma mais grave da doença transmitida pelo mesmo mosquito. Os sintomas incluem dor de cabeça intensa, sangramentos e febre alta. Em casos suspeitos, é fundamental procurar assistência médica imediata para evitar complicações.
Medo da Dengue: Percepções e Faixa Etária
Um levantamento feito com 1.090 pessoas revelou que 43% dos entrevistados têm ‘muito medo’ de pegar dengue, 33% têm ‘um pouco de medo’ e 23% ‘não têm medo’. A pesquisa, registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo SP-08862/2024, destaca como a faixa etária influencia essa percepção. Entre jovens de 16 a 24 anos, 31% têm muito medo da doença, enquanto entre pessoas de 60 anos ou mais, o percentual sobe para 53%. Idosos estão incluídos no grupo de risco da dengue, juntamente com crianças de até dois anos e gestantes, devido à resposta imunológica menos eficaz.
Dengue: Grupo de Risco e Comorbidades
Idosos são considerados grupo de risco para a dengue, devido à presença de comorbidades como hipertensão, diabetes, obesidade e outras doenças cardíacas, bem como ao uso de medicamentos. O infectologista Evaldo Stanislau de Araújo, do Hospital das Clínicas da FMUSP, ressalta a importância desse grupo na propagação da doença. Outro fator que influencia o medo da dengue é a renda familiar.
Dengue e Renda Familiar
A pesquisa revelou que o medo da dengue é menor entre a população mais rica. Entre os entrevistados com renda familiar mensal superior a 10 salários mínimos, 30% têm ‘muito medo’ da doença, enquanto 28% ‘não têm medo’. Por outro lado, entre os paulistanos que ganham até 2 salários mínimos, 49% têm ‘muito medo’ e 23% ‘não têm medo’. O grau de escolaridade também está relacionado a essa percepção.
Dengue, Grau de Escolaridade e Bairros Populosos
O medo da dengue varia de acordo com o grau de escolaridade. A proporção dos que têm ‘muito medo’ cai entre os entrevistados com ensino superior (39%) e sobe entre aqueles com ensino fundamental (53%). Além disso, bairros mais populosos e menos urbanizados são propícios para a transmissão da doença, segundo o especialista Evaldo Stanislau de Araújo. A cidade de São Paulo já registrou oito mortes por dengue em 2024 e a situação é considerada epidêmica em 31 distritos da capital.
Fonte: © Notícias ao Minuto
Comentários sobre este artigo