Algumas pessoas acreditam que a tecnologia terá uma influência enorme, aumentando a dependência das telas, porém outras pensam que elas perderão protagonismo.
Não restam dúvidas de que a tecnologia tem um impacto significativo em nossas vidas, alterando nossos costumes, a maneira como nos relacionamos e impactando nossa saúde. À medida que essa influência se expande em todos os setores, cresce também a nossa dependência. A reflexão mais recente, acerca do potencial declínio dos aplicativos, me levou a pensar ainda mais sobre o assunto, trazendo à tela questões essenciais sobre o futuro digital.
Explorar novas formas de interação com a enorme tecnológica é fundamental para compreendermos o impacto do visual em nossas vidas. A evolução constante dos dispositivos de display nos desafia a repensar a maneira como nos conectamos com o mundo digital, abrindo caminho para inovações surpreendentes e transformadoras.
O futuro das telas na interface visual
Se os aplicativos que utilizamos hoje têm uma enorme dependência da interface visual, ou seja, basicamente das telas, será que em um futuro próximo poderemos viver sem telas, ou pelo menos reduzir a dependência delas, especialmente a dos smartphones? Essa é uma questão que tem sido discutida há pelo menos 10 anos por muitos pensadores e desenvolvedores de tecnologia.
Alguns acreditam que as telas não serão completamente substituídas, mas certamente perderão parte de sua influência ao interagirmos com as tecnologias digitais. Essa mudança de cenário levanta questionamentos sobre o fim dos aplicativos e a veracidade da inteligência artificial. A chamada ‘slopificação da internet’ também é um tema em destaque, abordando os desafios atuais da era digital.
Apesar de considerar essa possibilidade, é inevitável não imaginar cenários distópicos se não mudarmos nossa forma de interagir com o mundo, especialmente diante das ameaças das mudanças climáticas. A ideia de utilizar as telas para criar uma realidade mais palpável, como no livro ‘Jogador nº1’ de Ernest Cline, adaptado para o cinema por Steven Spielberg, traz à tona reflexões sobre a busca por uma realidade alternativa.
Da mesma forma, o filme de animação ‘Mars Express’, lançado recentemente por Jérémie Périn, explora os dilemas entre humanos e inteligências artificiais, sugerindo a possibilidade de simular uma realidade ideal através de telas de led. Essas narrativas levantam a questão de como a simulação de uma realidade melhor pode se tornar uma alternativa viável para a humanidade.
No entanto, é importante ressaltar que, nesses contextos, as telas não são apenas dispositivos físicos, mas sim ferramentas que transmitem significados e sensações. A imagem do céu de led no filme ‘Mars Express’ exemplifica essa ideia de criação de realidades alternativas para escapar de um mundo devastado.
A evolução das interfaces de usuário
Ao longo da história da tecnologia, a interface de usuário (UI) tem sido essencialmente baseada em telas e dispositivos de interação tradicionais, como mouse ou touchscreen. No entanto, é possível vislumbrar um futuro onde as interfaces se integram ao corpo humano, oferecendo novas funcionalidades e experiências.
Desde o surgimento da Siri em 2011 e a popularização dos assistentes virtuais inteligentes, como Alexa e Cortana, a interação homem-máquina tem evoluído significativamente. A inteligência artificial generativa (GenAI) tem contribuído para aprimorar a experiência do usuário e tornar os comandos mais sofisticados.
Em contrapartida, a tentativa de popularizar as televisões 3D na década de 2010 não obteve sucesso, levando os designers a explorar conceitos ‘screenless’, ou seja, dispositivos que privilegiam interações mais naturais, como conversas humanas. Os comandos de voz ganharam destaque nesse contexto, introduzindo uma nova forma de interação com a tecnologia.
Fonte: © CNN Brasil
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