Ibovespa cai para mínimo em novembro, câmbio continua a subir, com Selic caindo e bombas no caminho da economia. Novidades: queda da Selic e nova meta fiscal.
Além da preocupação com a demora para os juros caírem nos Estados Unidos, é importante estar atento a outros riscos que podem impactar a economia global. Dois novos cenários arriscados surgiram no radar financeiro nesta semana. No cenário internacional, as tensões crescentes entre grandes potências como Irã e Israel representam um risco significativo para a estabilidade política e econômica mundial.
No mercado nacional, a explosão da notícia sobre uma nova meta fiscal para 2025 trouxe uma onda de incertezas para os investidores. Lidar com desafios relacionados a metas fiscais em meio a um cenário econômico instável pode representar uma grande dificuldade para o governo. Diante desses riscos, é fundamental adotar estratégias sólidas para se proteger de possíveis impactos negativos nos mercados financeiros. Estar atento a esses perigos é essencial para garantir a segurança dos investimentos e a proteção do capital.
Preocupações com Riscos e Desafios no Cenário Econômico
Com a queda da Selic, o Ibovespa registrou um declínio de 0,49%, atingindo 125.334 pontos, seu nível mais baixo desde novembro passado. No acumulado de abril, a queda já alcança 2,16%, enquanto no ano, a redução chega a 6,60%. Dentre as 86 ações do Ibovespa, a maioria apresentou resultados negativos, destacando-se a Vale e a Petrobras, que compõem quase um quarto do índice e resistem à tendência de baixa desde a semana anterior.
Diante da oscilação do mercado, a Vale registrou um aumento de 0,58%, acompanhando a valorização do preço do minério de ferro devido aos estímulos na China. Por sua vez, a Petrobras surge como opção para quem antecipa uma pressão de alta no petróleo, caso haja redução na oferta devido a conflitos geopolíticos, embora essa expectativa dependa da empresa reajustar os preços da gasolina.
Os investidores continuam buscando oportunidades de investimento, aproveitando possíveis descontos e especulando sobre a distribuição de dividendos extraordinários. No mercado acionário, as ações ordinárias subiram 1,46%, enquanto as preferenciais tiveram um aumento de 0,95%. A movimentação na carteira teórica do Ibovespa chegou a R$ 20 bilhões, superando em 11% a média diária dos últimos 12 meses, que foi de R$ 18 bilhões.
A cotação do dólar avançou 1,24%, atingindo R$ 5,18, o patamar mais elevado em quase um ano, refletindo a pressão inflacionária presente no cenário econômico. No mês de abril, a inflação já atinge 3,38%, chegando a 6,85% em 2024. A instabilidade global, agravada pelas incertezas da queda da Selic, da nova meta fiscal e da divida da Casa Branca, desperta preocupações quanto aos riscos cambiais e inflacionários.
As recentes tensões geopolíticas, como o conflito entre Irã e Israel, somadas às questões fiscais no Brasil, aumentam a volatilidade nos mercados, influenciando diretamente o custo de vida da população. Em meio a um cenário complexo de desafios e perigos, é essencial que investidores e analistas estejam atentos às movimentações do mercado e às possíveis consequências decorrentes das incertezas presentes no atual contexto econômico.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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