Governo estuda redução do recolhimento compulsório para estimular oferta de crédito no mercado imobiliário, com Presidente do BC, Roberto Campos.
A solicitação da Caixa Econômica para que o Banco Central implemente a redução compulsório de 20% para 15% sobre os recursos de depósitos de poupança está sendo analisada pelo governo. Essa mudança pode representar um incremento significativo de cerca de R$ 60 bilhões nos recursos disponíveis para a concessão de crédito imobiliário pela instituição financeira.
Essa possível redução de compulsório pode ter um impacto positivo na economia, estimulando o setor imobiliário e incentivando mais investimentos no país. A expectativa é que, com essa medida, haja um aumento na oferta de crédito e, consequentemente, uma maior movimentação no mercado financeiro e consequentemente um aquecimento na economia.
Ações do Banco Central em Pauta para Redução Compulsória
Recentemente, tem sido discutida a possibilidade de redução de compulsório no mercado imobiliário do país. As alíquotas, responsáveis por regular a política monetária, passam por definições do Banco Central e pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). No entanto, até o momento, não foram identificados avanços nesse sentido. Fontes do setor indicam que a proposta ainda não deve evoluir.
A redução de compulsório é uma das iniciativas do governo visando impulsionar o mercado imobiliário nacional. O Executivo busca aumentar de 65% para 70% o uso da caderneta de poupança em financiamentos imobiliários, mediante recursos provenientes da redução compulsória. Integrantes de instituições financeiras públicas manifestam reservadamente que a incógnita reside na postura do BC em liberar tais recursos.
Há uma expectativa sobre a disposição do Banco Central em liberar compulsórios, visto que essa ação resultaria na injeção de liquidez na economia. Este movimento ocorre em um contexto em que o presidente do BC, Roberto Campos Neto, adota uma postura cautelosa em relação à redução dos juros, especialmente diante dos indícios desfavoráveis sobre as taxas de juros nos Estados Unidos.
Paralelamente, a Caixa Econômica Federal continua registrando números recordes no crédito imobiliário, porém reconhece a necessidade de encontrar soluções para ampliar as fontes de recursos destinadas ao setor. Em fevereiro, o presidente do banco, Carlos Vieira, destacou a importância de debater alternativas com celeridade, sendo o compulsório uma delas.
Reunião Presidencial Fomenta Oferta de Crédito e Mercado Imobiliário
Na quinta-feira passada, o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, dialogou com ministros e secretários a fim de avaliar propostas para impulsionar a disponibilidade de crédito no país, principalmente para o segmento imobiliário. No entanto, a proposta de redução compulsória não foi abordada durante o encontro.
Dentre os tópicos discutidos, destaca-se a medida provisória que visa promover o mercado secundário de recebíveis imobiliários, a qual deve ser anunciada na semana seguinte. Na última quarta-feira, a vice-presidente de Habitação da Caixa Econômica Federal, Inês Magalhães, mencionou a possibilidade de reduzir os depósitos compulsórios para ampliar os recursos destinados ao crédito imobiliário.
Durante uma cerimônia no Palácio do Planalto ligada ao programa Minha Casa, Minha Vida, Inês Magalhães explicou: ‘O Banco Central exige uma retenção [depósito compulsório] e esse direcionamento estamos querendo que volte como investimento para habitação, 5%. Em vez de reter 20%, reter 15% dos depósitos para que a gente possa aumentar a oferta de crédito.’
A proposta desperta o interesse em liberar parte dos compulsórios da Caixa ou dos bancos em geral, conforme afirmado pela vice-presidente: ‘Temos um interesse genuíno, grande em fazer. Não necessariamente os outros bancos terão o mesmo apetite.’ Essas movimentações indicam uma intensificação nas discussões acerca da redução de compulsório e seu impacto no mercado imobiliário e na política monetária do país.
Fonte: @ Mercado e Consumo
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