Duas amigas fizeram um pacto em caso de morte por causas naturais, residindo perto uma da outra, mesmo com alto grau de decomposição.
Um flagrante chocante foi registrado por câmeras de segurança, mostrando uma idosa de 80 anos arrastando uma mala que escondia um cadáver em avançado estado de decomposição de sua colega. O incidente ocorreu em Valparaíso, no Chile, e veio à tona por meio do jornal local nesta sexta-feira (12). A senhora abandonou os restos mortais em um beco da região, antes de serem descobertos por pedestres.
A descoberta dos restos mortais causou comoção na comunidade local, que ficou perplexa com a situação do corpo sem vida escondido na mala. As autoridades locais estão investigando o caso minuciosamente para esclarecer os detalhes do ocorrido e garantir justiça para a vítima e sua família. A identidade da idosa foi mantida em sigilo durante as investigações, enquanto o mistério em torno do cadáver encontrado continua a intrigar a população.
A descoberta do cadáver em situação peculiar
No vídeo em questão, a senhora, caracterizada como freira, caminha com uma mala em frente a uma residência por volta das primeiras horas da manhã. O corpo sem vida encontrado foi identificado como Erica Fernández, uma mulher de 59 anos que faleceu de causas naturais após uma doença que a afligia há cerca de um ano.
A polícia, inicialmente, levantou a hipótese de que a ocorrência poderia estar ligada ao conflito entre gangues na região. No entanto, surpreenderam-se ao descobrir que tudo se tratava de um pacto feito entre duas amigas. A investigação revelou que a idosa transportando a mala era Lorenza Ramírez.
O pacto entre amigas e a preservação do corpo
Durante o depoimento, Lorenza explicou que as duas amigas haviam combinado de cuidarem uma da outra após o falecimento. Enquanto uma das amigas partia, a outra teria a responsabilidade de manter o segredo. O corpo em avançado estado de decomposição era carregado sem que ninguém soubesse, em uma demonstração peculiar de fidelidade e afeto.
O subprefeito local, Juan Fonseca, descreveu o ato como um gesto de ‘carinho e lealdade’. A reviravolta aconteceu quando a filha de Lorenza fez uma visita e a idosa temeu que o cadáver fosse descoberto. Uma análise forense descartou sinais de homicídio, indicando uma morte natural para Erica, que ocorreu em abril de 2023.
As repercussões do caso e a vida das protagonistas
Lorenza não foi detida, porém poderá ser acusada por possíveis transgressões sanitárias. O subprefeito destacou a possibilidade de distúrbios mentais que levaram a esse desfecho inusitado. Posteriormente, foi revelado que as mulheres não pertenciam a uma ordem religiosa formal, mas viviam uma vida de reclusão com vestimentas peculiares.
Uma investigação policial foi iniciada para esclarecer todos os aspectos desse caso incomum, que envolveu um cadáver preservado em uma mala, revelando um vínculo extraordinário entre duas amigas em um acordo singular que desafiou as convenções sociais usuais. A história continua a intrigar e surpreender, demonstrando a complexidade das relações humanas e o inusitado que pode surgir do inesperado.
Fonte: @ Hugo Gloss
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