Apelidos pejorativos, isolamento premeditado e manipulação de fotos são exemplos da prática de duas união, projeto de lei da vereadora, análise da procuradoria, recesso parlamentar.
O termo wollying surge da junção das palavras mulher e bullying. Um projeto de lei foi apresentado na Câmara Municipal de Curitiba, propondo a criação da Política Municipal de Atenção e Enfrentamento ao Wollying, o bullying entre mulheres. A iniciativa da vereadora Noemia Rocha (MDB) está em análise pela Procuradoria Jurídica da Câmara, que tem prazo até o fim desta semana para concluir a instrução técnica. Posteriormente, seguirá para avaliação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da casa e de outras comissões a serem designadas, antes de ir a plenário. Devido ao recesso parlamentar, a próxima reunião da CCJ está prevista somente para agosto.
O que é wollying? Conforme definido pela Lei Federal nº 13.185 de 6 de novembro de 2015, o wollying é a intimidação sistemática, por meio de violência em atos de humilhação ou discriminação. O termo abrange qualquer ato violento, intencional e repetitivo, sem motivação evidente, praticado por uma ou mais mulheres contra outras, com o intuito de intimidar ou agredir, causando sofrimento e angústia à vítima, em uma dinâmica de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas. A conscientização e a prevenção do wollying entre mulheres são fundamentais para promover um ambiente saudável e respeitoso entre todas as integrantes da sociedade.
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A questão da intimidação, seja ela física ou psicológica, é um tema que tem sido cada vez mais discutido nos dias atuais. Recentemente, um ataque em uma escola em Santa Catarina chamou a atenção para a gravidade do problema, levando à internação do agressor a pedido do Ministério Público.
Os brasileiros que passam longas horas nas redes sociais estão mais propensos a desenvolver ansiedade, um reflexo das pressões sociais e da busca por aceitação que permeiam esses ambientes virtuais. Essa competição por popularidade e relacionamentos pode desencadear comportamentos agressivos, incluindo atos de humilhação e violência.
Noemia Rocha, autora de um projeto de lei sobre bullying, destaca a complexidade do fenômeno, ressaltando que as mulheres muitas vezes enfrentam pressões para se conformarem a padrões de comportamento e aparência. Aquelas que não se encaixam nesses padrões podem se tornar alvos de intimidação, especialmente quando a violência parte de pessoas próximas.
Reconhecer as diferentes formas que o bullying pode assumir e entender suas consequências é fundamental para a criação de estratégias eficazes de prevenção e intervenção. O projeto de lei em questão identifica comportamentos como ataques físicos, insultos pessoais, comentários sistemáticos e ameaças como sinais de intimidação.
Além disso, o texto aborda o cyberbullying, enfatizando que o uso da internet para difamar, incitar violência ou constranger psicologicamente também configura bullying. A proposta inclui ações educativas e campanhas de conscientização para promover a empatia e combater práticas intimidatórias entre as mulheres.
A análise da procuradoria e a discussão parlamentar sobre o projeto de lei evidenciam a importância de abordar o tema do bullying de maneira abrangente e eficaz. A união de esforços em prol da educação e da conscientização é essencial para criar um ambiente mais acolhedor e empático para todos.
Fonte: © CNN Brasil
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