O empréstimo não pode ultrapassar 30% da renda mensal para evitar problemas financeiros.
O financiamento imobiliário envolve diversos aspectos, sendo fundamental harmonizar a renda do interessado ao montante que será disponibilizado pelo banco. Para que a operação seja aprovada, as parcelas não devem exceder 30% da renda do solicitante de crédito. Ademais, é comum que as instituições financeiras solicitem uma entrada mínima de 20% do valor do imóvel.
Além disso, é importante ressaltar que o financiamento está diretamente relacionado ao histórico de empréstimo do indivíduo. Ter uma boa pontuação de crédito pode facilitar a liberação do montante necessário para a aquisição do imóvel desejado. Nesse sentido, é aconselhável manter uma conduta financeira responsável para garantir o acesso a melhores condições de pagamento. Valor médio de
Financiamento de imóveis nos bairros de São Paulo
Logo, aqueles que almejam obter financiamento para adquirir uma propriedade no Jardim Europa, o bairro mais luxuoso de São Paulo, devem apresentar uma renda mensal de R$ 240,4 mil. Esse valor considera o preço médio dos imóveis transacionados na área neste ano, alcançando R$ 7,8 milhões. O Financiômetro, uma ferramenta desenvolvida pela startup imobiliária Loft, revela tais informações.
De acordo com as atuais taxas do mercado, a simulação do financiamento leva em consideração uma entrada mínima de 20% e o pagamento distribuído em 420 parcelas. Nessa situação, a prestação inicial do financiamento atingiria R$ 67.409. À medida que o saldo devedor é quitado, as parcelas se reduzem em valor. Na maioria dos casos, esse decréscimo ocorre utilizando o Sistema de Amortização Constante (SAC).
No bairro da Vila Andrade, que apresenta o maior número de transações imobiliárias em São Paulo neste ano, o requerente do financiamento deve ter uma renda mensal de R$ 23,3 mil, considerando o valor médio das propriedades vendidas na região em 2023, com um tíquete médio de R$ 756 mil.
A ferramenta leva em conta o valor médio das transações imobiliárias realizadas entre janeiro e julho deste ano, com base nos registros oficiais da Prefeitura de São Paulo (ITBI). As condições médias oferecidas pelos bancos Bradesco, Itaú e Santander são consideradas no Financiômetro.
No bairro da Vila Nova Conceição, o segundo com mais transações imobiliárias na cidade, perdendo apenas para o Jardim Europa, a renda mínima exigida para o financiamento é de R$ 178,4 mil por mês. Esse valor se baseia no preço médio dos imóveis vendidos no ano, chegando a R$ 5,8 milhões.
Já no Morumbi, o terceiro bairro com os imóveis mais valiosos na capital paulista, a renda mínima necessária para obter financiamento é de R$ 66 mil mensais. Isso é válido para uma propriedade com preço médio de R$ 2,1 milhões.
Há possibilidades para reduzir o requisito de renda mensal mínima para o financiamento. A primeira opção é aumentar o montante da entrada e, assim, diminuir o valor total a ser emprestado. A segunda alternativa está vinculada a um contexto econômico que derrube as taxas de crédito imobiliário.
Conforme as projeções da Loft, que analisou as condições em 112 bairros de São Paulo, a menor renda necessária para financiar um imóvel aparece em Cidade Tiradentes (R$ 3.127 mil), onde o preço médio das propriedades é de R$ 99.066 mil. Nessa região, a primeira parcela seria de R$ 852.
O Financiômetro fornece um panorama das condições gerais para obtenção de financiamento nos bairros. Embora existam variações significativas nos preços dos imóveis em cada localidade, a ferramenta oferece uma visão geral da situação ao potencial comprador, agilizando a busca por um imóvel.
‘A análise detalhada dos valores é essencial para quem está interessado em financiamento imobiliário. O Financiômetro é uma ferramenta valiosa nesse sentido, dando um panorama claro das exigências para a aquisição de um imóvel em diversos bairros da cidade’, comentou o gerente de dados da Loft, Fábio Takahashi.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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