Maiores quedas Ibovespa no pregão inicial, indicadores macroeconômicos aéreas, contratos futuros petróleo, barril Brent, economias aquecidas.
A Azul foi impactada por uma nova queda no Ibovespa, registrando um desempenho negativo no mercado financeiro. Por volta das 15h, a ação apresentava uma retração de 5,25%, cotada a R$ 10,80. Os investidores estão monitorando de perto os desdobramentos econômicos e seus reflexos nas empresas aéreas. Nesse cenário, o mercado observa atentamente o comportamento dos papéis da Gol, que também sofrem com a instabilidade do setor.
O cenário de declínio para as companhias aéreas reflete a desvalorização dos ativos e a preocupação dos acionistas com os rumos do mercado. Para se adaptar a esse contexto, é essencial uma estratégia de investimento cautelosa e alinhada com as tendências do momento. É importante estar preparado para lidar com oscilações e buscar oportunidades mesmo em meio a situações de recuo do mercado financeiro.
Setor de aviação em queda devido às disparadas nos contratos futuros de petróleo
No mesmo horário, a concorrente sofria um recuo de 3,36%, atingindo o valor de R$ 1,44, o que reflete a instabilidade no mercado financeiro. A significativa valorização dos contratos futuros de petróleo representa uma ameaça clara para as empresas do setor de aviação, que dependem em grande parte do querosene de aviação, um derivado do petróleo, para operar suas aeronaves. Quando o preço desse combustível essencial aumenta, os lucros das companhias aéreas sofrem uma desvalorização.
Às 12h45 (horário de Brasília), os contratos futuros de petróleo para junho do barril Brent, que é uma referência global, estavam em ascensão de 1,58%, alcançando US$ 91,16. O cenário global tem sido marcado por conflitos e guerras, o que tem impactado diretamente no valor do petróleo, tornando-o mais caro. A incerteza em relação à oferta da commodity cresce enquanto as economias mundiais continuam aquecidas.
Grandes produtores de petróleo, como Irã e Rússia, estão envolvidos em disputas que contribuem para a volatilidade do mercado. Desde o início de abril, o preço do barril Brent tem apresentado um aumento expressivo, ultrapassando a marca dos US$ 90, o valor mais alto em quase seis meses.
Por outro lado, as companhias aéreas enfrentam pressões adicionais devido à piora nas perspectivas de juros, principalmente após os dados de inflação ao consumidor nos EUA terem surpreendido o mercado de forma negativa. A expectativa de que o Federal Reserve pudesse considerar cortes nas taxas de juros foi adiada, o que impactou diretamente a curva de futuros.
A elevação dos juros a nível global limita a queda da taxa Selic no Brasil, causando impactos na economia e no comportamento dos consumidores. Com o alto endividamento e a manutenção dos custos financeiros elevados, as companhias aéreas enfrentam desafios adicionais para se recuperar da crise resultante da pandemia.
Recentemente, foi divulgada uma queda de 9,14% no preço das passagens aéreas em março, conforme reportado pelo IPCA. Esses dados somados refletem um cenário desafiador para o setor de aviação, que enfrenta obstáculos crescentes em meio a um ambiente econômico turbulento, com indicadores macroeconômicos impactando diretamente seu desempenho.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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