Fundador da Wildlife agora sócio da Benchmark, revela estratégia de investimento em startups early stage, buscando exceções no mercado.
Quando se visita o portal da Benchmark, depara-se com uma tela azul profundo que destaca o logotipo e os contatos dos escritórios na Califórnia. A simplicidade da página inicial sugere uma abordagem minimalista e direta da empresa em relação à sua presença online. Um clique discreto leva os visitantes a uma plataforma no X com atualizações sobre os investimentos realizados pela Benchmark.
Benchmarking é uma prática comum em muitas empresas, que buscam estudar e comparar suas operações com as melhores do setor. Ter a Benchmark como referência pode ser inspirador para organizações que buscam a excelência em suas atividades. A busca contínua por novos padrões e a análise das estratégias adotadas por empresas de destaque são fundamentais para o aprimoramento constante.
Revelando os bastidores do Modus Operandi da Benchmark
Victor Lazarte, ex-CEO da startup brasileira Wildlife e atual general partner da gestora americana, expôs detalhes do funcionamento da Benchmark durante o Brazil at Silicon Valley. Ele destacou a simplicidade como pilar fundamental da estratégia da gestora, desmistificando eventuais teorias de operações secretas.
Durante o painel, Lazarte compartilhou insights sobre o modus operandi da Benchmark, uma referência no Vale do Silício, que já apostou em empresas como Uber e Tinder. Ele se uniu à equipe em julho passado e colabora com outros quatro general partners: Peter Fenton, Eric Vishria, Sarah Tavel e Chetan Puttagunta, seguindo a tradição de um investimento anual por membro, com uma média de 10 anos de envolvimento por investida.
Dados do PitchBook revelam que a Benchmark já injetou recursos em mais de 800 startups desde 1995, contando com oito fundos de investimento, o último alcançando US$ 425 milhões. O foco atual está em startups early stage até a série A, visando negócios fundados na motivação dos empreendedores para construírem suas empresas.
Lazarte ressaltou a abordagem seletiva da Benchmark, priorizando investimentos de qualidade e dedicação intensiva. A estratégia é identificar exceções, empresas que se destacam no mercado. Para o cofundador da Wildlife, é essencial encontrar empreendedores abertos, organizados e determinados, que buscam uma parceria sólida para fazer seus negócios decolarem.
Novas oportunidades com a Benchmark no Brasil
A entrada de Lazarte na Benchmark pode representar um impulso nos investimentos no Brasil, preenchendo uma lacuna deixada por outros players de venture capital. Sua visão sobre as startups brasileiras destaca o talento local na construção de equipes leais, algo distintivo em relação ao cenário do Vale do Silício.
Lazarte observa que as startups são movidas por talento e que o Brasil abriga uma riqueza de habilidades. Para ele, os empreendedores locais têm a capacidade única de fomentar um ambiente de trabalho colaborativo e comprometido, essencial para o sucesso a longo prazo.
Durante sua trajetória com a Wildlife, Lazarte enfrentou desafios que o moldaram como investidor atual. A experiência de lidar com propostas desvantajosas no passado o ensinou a valorizar a comunicação e colaboração entre empresas, evitando reinventar a roda em cada obstáculo enfrentado.
Com a Wildlife alcançando um valuation de US$ 3 bilhões em 2020, Lazarte traz consigo uma bagagem valiosa para sua atuação na Benchmark, potencialmente abrindo portas para novos investimentos bem-sucedidos e parcerias estratégicas no cenário empreendedor brasileiro.
Fonte: @ NEO FEED
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