Condição pouco conhecida leva a diagnósticos incorretos e estigma. Pacientes podem levar vida normal, mas sintomas como cansaço podem se desenvolver.
Laura Silva foi diagnosticada com a Síndrome da Fadiga Crônica após ter contraído covid-19 em 2021. Segundo um estudo do ICB-USP, a Síndrome da Fadiga Crônica pode afetar de 10-20% daqueles que se recuperaram do vírus. No entanto, a pesquisa também mostra que 13-45% dos pacientes podem desenvolver essa condição debilitante.
Além disso, a encefalomielite miálgica (EM/SFC) é outra condição que pode surgir após infecções virais, como a covid-19. Pacientes com EM/SFC frequentemente experienciam sintomas como fadiga extrema, dores musculares e problemas cognitivos. É importante continuar pesquisando e investindo em tratamentos para ajudar aqueles que sofrem com a Síndrome da Fadiga Crônica e a encefalomielite miálgica.
Síndrome da fadiga crônica: um desafio após doenças como Covid e dengue
A pedagoga Laura Silva, de 47 anos, vivia uma vida normal até dezembro de 2021, quando contraiu covid-19. Desde então, sua rotina mudou drasticamente, com sintomas como cansaço extremo e dificuldade de concentração. Após seis meses, o diagnóstico de encefalomielite miálgica, ou síndrome da fadiga crônica (EM/SFC), foi recebido. Essa condição, ainda pouco compreendida, afeta a vida de muitos pacientes que, como Laura, tiveram um quadro de Covid-19.
Um estudo realizado pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) revelou que 10% a 20% das pessoas que se recuperaram da Covid-19 continuaram com sintomas semelhantes à síndrome da fadiga crônica. Dos 80 pacientes acompanhados no estudo, metade desenvolveu essa condição complexa. Outra pesquisa apontou que 13% a 45% dos infectados podem eventualmente desenvolver a doença.
A falta de informação sobre a síndrome da fadiga crônica leva a diagnósticos equivocados, estigmatização e dificuldades no ambiente de trabalho e na vida pessoal. Nos Estados Unidos, por exemplo, 91% dos afetados são inicialmente diagnosticados de forma errônea, muitas vezes como depressão. Essa desinformação redundante contribui para a invisibilização da condição e as dificuldades de aceitação e suporte aos pacientes.
Laura enfrentou desafios desafiadores para obter o reconhecimento de sua condição, sendo muitas vezes vítima de preconceito e diagnósticos incorretos. Infelizmente, sua história não é única. Muitas pessoas com síndrome da fadiga crônica lutam diariamente contra o desconhecimento e a descrença em relação aos seus sintomas. É fundamental que haja maior conscientização e suporte para esses pacientes, a fim de que possam lidar com os desafios impostos por essa condição debilitante.
A professora Eloara Campos, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), destaca a importância da educação e da informação correta sobre a síndrome da fadiga crônica. A criação de redes de apoio e espaços de acolhimento para os pacientes é essencial para melhorar a qualidade de vida e o enfrentamento dessas questões. Através da conscientização e do apoio mútuo, é possível ampliar a compreensão e o suporte às pessoas que vivem com essa condição desafiadora.
Fonte: @ Terra
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