Tratamento estético para clareamento de pelos é feito com água oxigenada e amônia, associados ao procedimento.
Um estudo conduzido pela Universidade Federal do Ceará (UFC) revelou fortes evidências de que o banho de lua, técnica estética de clareamento dos pelos, pode representar um risco para o desenvolvimento de leucemia e Síndrome Mielodisplásica (SMD), uma condição associada à produção de células sanguíneas. A possível relação de risco estaria relacionada à concentração da mistura utilizada no procedimento – peróxido de hidrogênio (água oxigenada) e amônia – e à frequência com que o banho de lua é realizado.
É importante estar atento aos potenciais efeitos adversos do clareamento dos pelos através do banho de lua. A segurança e a saúde devem sempre ser priorizadas, especialmente ao submeter-se a procedimentos estéticos. Portanto, é fundamental buscar orientação profissional e realizar uma avaliação criteriosa antes de optar pelo banho de lua como método de clareamento dos pelos.
Estudo revela possível relação entre banho de lua e risco de câncer de medula óssea
Um estudo recente levantou indícios de uma possível associação entre o banho de lua e o desenvolvimento de câncer de medula óssea. A pesquisadora Letícia Rodrigues, responsável pela pesquisa, destacou que a combinação de peróxido de hidrogênio e amônia, substâncias frequentemente utilizadas nesse procedimento estético de clareamento dos pelos, pode ser um fator de risco para o câncer.
Ronald Feitosa, orientador do estudo e pesquisador renomado, alertou para a importância de se considerar os possíveis riscos relacionados ao banho de lua. Segundo ele, o banho de lua pode induzir alterações no DNA e na medula óssea, o que poderia desencadear condições como a leucemia aguda.
A pesquisa, que teve início em 2019, foi motivada pelo caso de uma jovem paciente que faleceu de SMD hipoplásica, uma condição na qual a medula óssea não consegue mais produzir células sanguíneas. A paciente, que não possuía histórico familiar de câncer, relatou fazer banho de lua semanalmente por longos períodos. Essa revelação chamou a atenção dos pesquisadores para a possível relação entre o banho de lua e distúrbios na produção de células sanguíneas.
Embora a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tenha autorizado a prática do banho de lua, os pesquisadores enfatizaram a importância de se monitorar a frequência e concentração das substâncias utilizadas nesse procedimento estético. Letícia Rodrigues ressaltou que, como medida preventiva, é aconselhável evitar o uso de substâncias químicas como peróxido de hidrogênio e amônia, presentes em produtos de clareamento dos pelos e tinturas.
Diante dessas descobertas, a comunidade científica é instada a considerar os possíveis riscos associados ao banho de lua e procedimentos similares. A pesquisa destaca a necessidade de se investigar mais a fundo os efeitos dessas substâncias no organismo e de se promover a conscientização sobre os potenciais impactos na saúde.
Fonte: © CNN Brasil
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