Piolhos são pequenos bichinhos comuns entre crianças escolares; não relacionados à higiene, sua disseminação requer tratamento coletivo.
Quando o assunto são piolhos, é comum sentir uma coceira instantânea na cabeça. Mesmo sendo pequenos, esses insetos são capazes de causar um grande desconforto, principalmente entre as crianças em idade escolar. A batalha contra esses parasitas pode ser longa e demandar paciência e persistência.
A pediculose é uma infestação comum, causada pelo parasita Pediculus humanus, transmitida principalmente por contato direto. Combater os piolhos requer atenção e cuidados específicos, a fim de erradicar por completo esses insetos indesejados. Manter a higiene pessoal em dia é uma maneira eficaz de prevenir a infestação e impedir a propagação desses parasitas.
Desafios no Controle de Piolhos e Pediculose
Mesmo sendo um problema muito comum, que atravessa gerações, permanecem incertezas quanto às melhores práticas de prevenção e tratamento e também sobre as causas relacionadas à disseminação do problema. Segundo Fausto Flor Carvalho, presidente do Departamento de Saúde Escolar da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), a infestação de piolhos é conhecida como pediculose e é desencadeada pelo parasita Pediculus humanus. São pequenos bichinhos que causam grande incômodo, transmitida predominantemente por contato direto. Esses parasitas não têm asas e se alimentam basicamente de sangue, o que provoca intensa coceira, como explicou Carvalho.
A Epidemia Silenciosa dos Piolhos
A rápida proliferação dos piolhos é uma das características mais preocupantes do quadro. Apenas a presença de um casal ou mesmo de uma única fêmea no couro capilar pode desencadear a deposição dos ovos, conhecidos como lêndeas, resultando na eclosão de novos insetos. Essa dinâmica leva a epidemias e surtos localizados, como destaca Tadeu Fernandes, pediatra ambulatorial da SPSP. As fêmeas têm capacidade para depositar até 10 ovos por dia, com uma expectativa de vida de 30 dias, contribuindo para a disseminação do problema.
Prevenção da Propagação dos Parasitas Pediculus humanus
O presidente do Departamento de Saúde Escolar da SPSP, Fausto Flor Carvalho, explica que a transmissão dos piolhos ocorre predominantemente por contato direto ou proximidade física, já que esses parasitas não voam nem pulam, mas se deslocam caminhando pelas superfícies. Crianças em idade escolar são as mais suscetíveis à infestação devido à interação frequente em ambientes coletivos. Compartilhar objetos pessoais, como escovas, bonés e chapéus, também facilita a transmissão desses parasitas.
Identificação e Tratamento da Pediculose
Os sintomas da pediculose incluem coceira intensa e a presença de lêndeas (ovos) nos fios de cabelo, como ressalta Maria Furman Hélène, presidente do Departamento de Dermatologia da SPSP. O ato de coçar pode levar a lesões cutâneas e aumentar o risco de infecções. Em casos graves, a pediculose pode resultar em quadros anêmicos, conforme apontado pelo presidente do Departamento de Saúde Escolar da SPSP. O tratamento envolve o uso de antiparasitários tópicos, como loções, xampus e sabonetes, sob orientação médica, levando em conta a individualidade de cada caso.
Fonte: @ Estadão
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