Levantamento exclusivo para a CNN mostra queda de 26% nas vendas do comércio eletrônico brasileiro em comparação com a madrugada anterior.
O apagão cibernético global resultou em uma queda de 26% nas vendas do comércio eletrônico brasileiro na madrugada de sexta-feira (19), resultando em uma perda de faturamento de cerca de R$ 65 milhões, conforme levantamento da Neotrust – uma empresa especializada em soluções para o e-commerce no Brasil – realizado com exclusividade para a CNN. O estudo comparou o momento da pane com a madrugada da sexta-feira anterior (10).
A interrupção, além de afetar diretamente as vendas, teve um impacto significativo no faturamento do comércio eletrônico brasileiro, representando 17% do total do dia, de acordo com a Neotrust. A resolução do problema e a retomada das operações são essenciais para evitar prejuízos ainda maiores no setor.
Impacto do Apagão Cibernético no Comércio Eletrônico Brasileiro
O recente apagão cibernético global trouxe à tona questões cruciais sobre a segurança da infraestrutura digital, impactando diversos setores, incluindo o comércio eletrônico brasileiro. A Neotrust ressalta que o episódio ocorreu em um momento crucial para o varejo digital do país, coincidindo com os Amazon Days, que tradicionalmente impulsionam as vendas online.
Durante o período promocional da Amazon, entre os dias 16 e 21 de julho, a varejista registrou um aumento significativo no tráfego de seu site, com um crescimento de 71% em comparação com os dias anteriores às promoções. Este aumento no volume de compras foi evidenciado como a maior edição do Prime Day no Brasil, segundo a Amazon Brasil.
Apesar do impacto inicial da pane, a resiliência do setor se mostrou evidente à medida que as plataformas de comércio eletrônico se recuperavam ao longo do dia. A Neotrust destaca a eficácia da infraestrutura de segurança em manter a integridade dos sistemas e proteger as transações dos consumidores, demonstrando a força do varejo digital brasileiro diante de desafios globais.
A ABComm informou que os impactos da pane foram mitigados, ressaltando a importância de medidas preventivas para evitar futuros problemas semelhantes. Mauricio Salvador, presidente da Abcomm, enfatizou a necessidade de estabelecer regras e protocolos para lidar com atualizações e garantir a segurança dos sistemas, tanto do lado dos fornecedores quanto dos consumidores.
Enquanto alguns varejistas, como Mercado Livre, C&A e Shopee, relataram que suas vendas online não foram afetadas pelo apagão, outros como Shein optaram por não se pronunciar. A falta de retorno de empresas como Temu e Mosaico, controladora de marcas como Zoom e Buscapé, levanta questões sobre a preparação do setor para lidar com eventos inesperados.
O apagão cibernético não se limitou ao comércio eletrônico, afetando também aeroportos, bancos, hospitais e outros setores em todo o mundo. No Brasil, empresas desses segmentos também sentiram os impactos, ressaltando a importância de investimentos contínuos em segurança cibernética. A ABComm alerta que, embora o prejuízo não tenha sido tão grave devido ao horário do incidente, é essencial estar preparado para possíveis interrupções no futuro.
Fonte: © CNN Brasil
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