Em outubro, a bandeira vermelha patamar 2 será acionada, aumentando o custo da energia devido ao risco de escassez e baixa eficiência energética das usinas termoelétricas.
A conta de energia dos brasileiros sofrerá um aumento significativo no próximo mês. Isso ocorrerá devido à implementação da bandeira vermelha patamar 2, a mais restritiva na política de bandeiras tarifárias, o que resultará em um aumento de R$ 7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Esse aumento afetará tanto os consumidores residenciais quanto os comerciais, que terão que arcar com o custo adicional da energia. A eletricidade é essencial para o funcionamento de muitos dispositivos e equipamentos, e o aumento da conta de energia pode ter um impacto significativo no orçamento de muitas famílias e empresas. A luz, que é uma das principais formas de utilização da energia, também será afetada por esse aumento. É importante que os consumidores estejam preparados para esse aumento e busquem maneiras de reduzir o consumo de energia para minimizar o impacto no orçamento.
Entendendo a Energia e a Economia
Em setembro, o governo acionou a bandeira vermelha patamar 1, com uma taxa extra de R$ 4,463 a cada 100 kWh, 76% mais barata que o patamar 2. O objetivo principal é custear o acionamento das usinas termoelétricas, que têm um custo de geração maior que as hidrelétricas, atualmente com seus reservatórios de água nos menores níveis em mais de três anos. Além disso, o governo busca incentivar a redução do consumo de energia pelos brasileiros.
No entanto, é importante entender que a energia elétrica é essencial para o funcionamento de quase todos os equipamentos que utilizamos no dia a dia. Maikon Perin, especialista em risco e inteligência de mercado da Ludfor Energia, explica que, com a forte variação de temperatura que tem marcado o clima nos últimos meses, é preciso identificar quais os equipamentos elétricos que mais consomem energia em uma residência, considerando essas condições extremas.
Equipamentos que mais Consomem Energia
Perin cita que, em altas temperaturas, os equipamentos que mais gastam energia são o ar-condicionado, a geladeira, o freezer e o ferro de passar roupas. Já na situação inversa, de mais frio, o chuveiro elétrico e aquecedor elétrico se somam aos anteriores ar-condicionado e ferro de passar. Além disso, há um mito no mercado de que tomadas de 220 volts consomem mais do que as de 110 volts. No entanto, Perin explica que o tipo de tomada não faz diferença no consumo de energia, pois o gasto depende da potência de cada equipamento.
Importância da Eficiência Energética
Perin observa ainda que a ‘idade’ do equipamento pode demandar mais energia. Equipamentos elétricos, como motores de eletrodomésticos e sistemas de aquecimento, podem se desgastar e perder a eficiência ao longo do tempo. Além disso, a manutenção pode interferir no consumo de equipamentos como, por exemplo, o ar-condicionado, que precisa de limpeza dos filtros, pois se estiver sujo, reduz sua eficiência.
O Selo Procel, estabelecido em 1993, é um indicador de eficiência energética para eletrodomésticos e eletroeletrônicos. O selo indica, por meio de notas, que variam do A, para os mais econômicos, ao E, para os que mais consomem energia, calculados em uma média mensal. Perin reforça que o Selo C, por exemplo, indica uma eficiência de equipamentos inferior do que os de Selo A.
Dicas para Economizar Energia
Além de observar esses critérios, Perin orienta a utilizar recursos básicos no dia a dia que ajudam a economizar energia. Aproveitar a luz natural para iluminar ambientes, além de ter paredes com cores claras, por exemplo. Ele destaca ainda que, além de evitar acender a luz elétrica durante o dia, é importante desligar equipamentos que não estão em uso para evitar o desperdício de energia.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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