Professoras da rede municipal conquistaram prêmio com metodologias antirracistas que valorizam a identidade e a herança, promovendo relações étnico-raciais positivas no ensino fundamental.
A educação é um direito fundamental para todos, e é essencial que ela seja oferecida de forma igualitária e justa. No estado do Acre, a rede municipal de Rio Branco tem se destacado em sua abordagem inovadora e inclusiva da educação, com quatro projetos antirracistas sendo vencedores no 6º Prêmio Acreano de Educação das Relações Étnico-Raciais, organizado pelo Fórum Permanente de Educação Étnico-Racial do Estado do Acre (FPEER/AC). A educação é a chave para um futuro mais justo e igualitário.
O sucesso desses projetos é um reflexo do compromisso da rede municipal de Rio Branco em oferecer um ensino de qualidade e inclusivo, que valorize a diversidade e promova o aprendizado de forma eficaz. A instrução é um processo contínuo que exige dedicação e esforço. A educação antirracista é fundamental para combater as desigualdades e promover a igualdade de oportunidades para todos, independentemente da raça ou etnia. Com esses projetos, a rede municipal de Rio Branco está dando um passo importante em direção a uma sociedade mais justa e igualitária.
Profissionais da Educação Municipal Recebem Prêmios por Projetos Antirracistas
Quatro profissionais da educação municipal conquistaram prêmios com projetos que visam promover a igualdade racial e a valorização da herança africana no Brasil. Os projetos incluem brincadeiras, contação de histórias e um dicionário antirracista, e foram desenvolvidos por professoras e uma gestora de unidade de ensino da rede municipal.
Os resultados foram divulgados na segunda-feira (4) e a cerimônia de entrega do prêmio ocorrerá no dia 14 de novembro. O FPEER, uma entidade não-governamental criada em 2008, é composta por diversas instituições e lança a premiação anualmente para evidenciar iniciativas que contribuem para a promoção da igualdade racial nas escolas.
A secretária Nabiha Bestene destacou que ‘ações como essas visam garantir uma educação que supere o racismo e as desigualdades geradas por ele, além de promover a intensificação da construção da identidade dessas crianças’. As profissionais e os projetos da educação municipal que venceram o prêmio são:
* Joana Marques de Lima Saar Xavier, professora da Creche Sagrado Coração de Maria, com o projeto ‘Brincadeiras para Infância Antirracista’, na modalidade ensino infantil.
* Áurea Maria Ferreira de Souza, professora da Escola Maria Aldeiza Rodrigues Pereira, com o projeto ‘Conto Africano: ‘O Casamento da Princesa’’, na modalidade ensino infantil.
* Maria Antônia da Silva de Souza, gestora da Escola Francisco de Paula Leite Oiticica Filho, com o projeto ‘Sexta Cultural – Cultura Africana e Indígena’, na modalidade ensino fundamental (anos iniciais).
* Rosana Nobre de Souza, professora na Escola Álvaro Vieira da Rocha, com o projeto ‘Dicionário antirracista – o conhecimento liberta’, na modalidade ensino fundamental (anos iniciais).
Valorização da Herança Africana no Brasil
O tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024 é ‘Desafios para a valorização da herança africana no Brasil’. Para Daniela Toffoli, do Curso Anglo, o tema não é óbvio, mas segue o padrão do Enem. ‘Nunca é aquilo que está muito na mídia, então é bem a cara do Enem. De certa forma, era esperado por não ser um tema óbvio’.
A professora reforça que é difícil saber exatamente a linha da redação sem o conhecimento dos textos motivadores, que apoiam a proposta na prova. Ainda assim, ela diz que é possível esperar que o aluno:
* Aponte meios de inclusão do grupo na sociedade;
* Relacione o tema à herança cultural, religiosa, entre outras;
* Enumere causas que levaram à desvalorização dessa herança africana;
* Relembre o passado histórico escravocrata e de desvalorização;
* Discorra sobre as consequências de tudo isso;
* Proponha uma conscientização, políticas de educação e meios de inclusão dessa herança.
A educação é fundamental para a construção da identidade e a valorização da herança africana no Brasil. Os projetos antirracistas desenvolvidos pelas profissionais da educação municipal são um exemplo de como a educação pode ser usada para promover a igualdade racial e a valorização da herança africana.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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