Estudo liderado por cientistas refuta ligação entre Tylenol e maior risco de autismo em bebês, sugestões anteriores de comprometimento neurológico refutadas.
Um estudo recente publicado na revista JAMA trouxe importantes evidências sobre o uso de paracetamol durante a gravidez. Segundo a pesquisa, que examinou informações de aproximadamente 2,5 milhões de crianças na Suécia, não há associação entre o uso de paracetamol e um maior risco de autismo, TDAH ou deficiência intelectual. Esses resultados trazem tranquilidade para gestantes que fazem uso desse medicamento comumente prescrito para aliviar dores e febre durante a gestação.
O paracetamol, substância ativa presente no Tylenol, é amplamente utilizado e considerado seguro, inclusive durante o período gestacional. Diante da relevância dessas informações, é essencial que mulheres grávidas tenham acesso a estudos como esse para tomarem decisões conscientes sobre sua saúde e a do bebê. A segurança do paracetamol durante a gravidez é uma garantia importante para a saúde materna e fetal, proporcionando alívio sem preocupações adicionais.
Estudo Sobre Paracetamol Durante a Gravidez e Risco de Autismo
Um estudo recente analisou a relação entre a exposição ao paracetamol durante a gravidez e o risco de autismo e outros distúrbios neurológicos. Inicialmente, um modelo estatístico levantou a possibilidade de um aumento de risco em crianças expostas ao paracetamol antes do nascimento. No entanto, uma investigação mais aprofundada, liderada por cientistas do Instituto Karolinska da Suécia e da Universidade de Drexel, descobriu resultados diferentes.
A nova pesquisa envolveu comparar irmãos com os mesmos pais biológicos, o que ajudou a eliminar fatores de confusão. Contrariando as descobertas anteriores, não foi encontrada evidência de um maior risco de autismo, TDAH ou deficiência intelectual associado ao uso de paracetamol durante a gestação.
O professor Eric Brenner, da Universidade de Duke, destacou a importância dessas descobertas, enfatizando que os estudos entre irmãos são capazes de controlar melhor os fatores ambientais. Ele ressaltou o amplo escopo e o cuidadoso design do estudo, destacando que não foram identificadas associações entre o paracetamol e o comprometimento do desenvolvimento neurológico.
Essas novas evidências contestam estudos anteriores e declarações recentes que sugeriam um aumento do risco de autismo e outros distúrbios neurológicos relacionados ao paracetamol durante a gravidez. Enquanto agências como a FDA e a Agência Europeia de Medicamentos consideram o paracetamol de baixo risco, um grupo de cientistas e médicos emitiram recomendações cautelares em relação ao seu uso durante a gestação.
A análise científica apontou que associações anteriores entre paracetamol e distúrbios neurológicos podem ter sido influenciadas por fatores de confusão. É crucial entender como esses fatores podem distorcer os resultados e reconhecer a importância de pesquisas bem estruturadas para esclarecer questões de segurança e saúde pública.
Fonte: © CNN Brasil
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