Ex-funcionária denuncia gestor por perseguição, ofensas e assédio sexual no Tribunal Superior do Trabalho, após recurso contra decisão que não considerou líder de setor responsável, apresentando boletim de ocorrência.
A Justiça do Trabalho deu uma vitória importante à causa de uma ex-funcionária de uma empresa de logística ligada ao grupo coreano Hyundai, que sofreu assédio e agora receberá R$ 69 mil em indenização por assédio sexual e moral. A decisão é um exemplo de como a justiça pode proteger os trabalhadores que sofrem com esse tipo de abuso.
A ex-funcionária denunciou que foi submetida a uma série de atos de perseguição e constrangimento no ambiente de trabalho, o que afetou sua saúde mental e emocional. Além disso, ela também sofreu agressão verbal e física de colegas de trabalho e superiores hierárquicos. A empresa foi condenada a pagar a indenização por não ter tomado medidas para prevenir e punir esses atos de assédio. A justiça está de olho nos casos de assédio no trabalho e está trabalhando para proteger os direitos dos trabalhadores. É importante denunciar qualquer tipo de abuso no trabalho para que a justiça possa ser feita.
Assédio no Trabalho: Empresa é Condenada a Indenizar Funcionária
A Glovis Brasil Logística tentou recurso contra a decisão, mas o apelo foi negado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). A decisão é da 8ª Turma do TST, que recebeu o caso após a empresa ser condenada em primeira e segunda instâncias.
A funcionária, que trabalhou como motorista de transporte de outras funcionárias, conhecida como ‘perueira’, relatou que era a única mulher a exercer a função e que era perseguida e ofendida pelo líder de setor. Ela foi submetida a um ambiente de trabalho hostil, com perguntas desrespeitosas e de natureza sexual, além de receber convites para sair com o chefe. A ex-funcionária chegou a registrar um boletim de ocorrência devido ao assédio.
Constrangimento e Agressão no Ambiente de Trabalho
A Justiça entendeu que o gestor tinha comportamento agressivo, especialmente em relação às mulheres. A empresa foi condenada a indenizar a funcionária em R$ 69 mil, equivalente a trinta salários da trabalhadora. A empresa recorreu, mas o caso foi levado ao Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas, SP), que manteve a condenação.
A empresa levou o caso à instância federal, mas a relatora do recurso, desembargadora convocada Marlene Teresinha Fuverki Suguimatsu, entendeu que o agravo não estava qualificado porque não atendia requisitos formais previstos na CLT. A condenação foi mantida de forma unânima, informou o TST.
Abuso de Poder e Perseguição no Trabalho
O caso é um exemplo de como o assédio no trabalho pode afetar a vida de uma pessoa. A ex-funcionária relatou que era chamada de ‘burra’, ‘lerda’ e ‘incompetente’ pelo líder de setor, o que demonstra o abuso de poder e a perseguição que ela sofreu. A empresa foi condenada a indenizar a funcionária, mas o caso serve como um alerta para as empresas sobre a importância de criar um ambiente de trabalho seguro e respeitoso.
O Terra tenta contato com a empresa, mas não obteve retorno. O espaço continua aberto para manifestação.
Fonte: @ Nos
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