Disse em vídeo: “Retração feita a advogado atuante, declarando publicamente minhas excusas pela gesto estulto no caso 0704090-87.23.08.07.0016. Toda Advocacia, documento assinado por diversos representantes, incluindo minha quixa-crime contra empresário.”
O empreendedor Luiz Carlos Bassetto, que confrontou o ministro Cristiano Zanin no banheiro do aeroporto de Brasília, em janeiro do ano anterior, divulgou um vídeo se retratando pelas ofensas e ameaças que proferiu ao ministro do STF, quando ele ainda exercia a advocacia. ‘Manifesto de forma clara que o advogado e atual ministro Cristiano Zanin não merece as palavras proferidas por mim naquela ocasião.
A atitude de Bassetto em se retratar publicamente foi vista como um gesto de desagravo e respeito à dignidade do ministro Zanin. O vídeo de retratação foi considerado uma queixaFormal de arrependimento e reconhecimento do erro cometido, demonstrando a importância de retratar-se quando se comete equívocos publicamente.
Retratação Pública e Desagravo à Advocacia
A retração é um ato que exige coragem e humildade, e neste caso, é feita de forma cabal, plena, inequívoca e consciente. Declaro publicamente que o advogado e atual ministro Cristiano Zanin não faz jus às palavras ditas por mim naquele dia. Ele não é o pior advogado que possa exigir, pelo contrário, um excelente advogado e hoje exerce o cargo de ministro em razão da sua competência.
Endereço minhas desculpas também a toda advocacia, pois o ato que pratiquei se dirigiu a um advogado que na oportunidade apenas exercia regularmente sua profissão, de modo que minha retratação também os alcance.
No vídeo, Bassetto ainda pede desculpas a toda a advocacia. O ataque grosseiro ao atual ministro do STF ocorreu no aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, em 11 de janeiro de 2023, quando Zanin ainda era advogado e atuava em favor do presidente Lula. Enquanto Zanin fazia sua assepsia bucal no banheiro do aeroporto, o homem afirmou: ‘vontade de meter a mão na orelha de um cara desse. Tinha que tomar um pau’. O agressor ainda usou termos como ‘corrupto’, ‘bandido’, ‘safado’ e ‘vagabundo’. O então advogado, já calejado com as grosserias de um certo magistrado de Curitiba, ficou sereno e não respondeu às provocações, retirando-se do local.
Após o ato, a OAB aprovou desagravo ao advogado, e participa da queixa-crime contra o empresário, a partir de documento assinado por diversos representantes da Ordem, entre eles o presidente do CFOAB, Beto Simonetti, e os advogados Rafael de Assis Horn, Sayuri Silva de Otoni, Leonardo Pio da Silva Campos, Fernanda Lara Tórtima, Alberto Zacharias Toron, Rafael Lara Martins, Cristiane Damasceno Leite, Alex Sarkis, Cristina Silvia Alves Lourenço, Élida Fabrícia Oliveira Machado Franklin, Ricardo Breier, Olavo Hamilton, Ticiano Figueiredo, Aurilene Uchôa de Brito, Helcinkia Albuquerque dos Santos, Hélio das Chagas Leitão Neto, Marilena Indira Winter, Délio Lins e Silva Júnior, Eduardo Imbiriba de Castro, Daniela Lima de Andrade Borges, Priscilla Lisboa Pereira e Verena de Freitas Souza.
O gesto estulto foi gravado pelo homem, e por ele próprio divulgado, servindo de prova contra si mesmo, mostrando assim que o caminho da ‘lacração’ é o mesmo da retratação. Relembre: Processo: 0704090-87.2023.8.07.0016. A retração é um ato nobre que demonstra a capacidade de reconhecer erros e buscar o desagravo necessário. É importante que todos saibam que retratar-se é um gesto de coragem e respeito.
Fonte: © Migalhas
Comentários sobre este artigo