Exame Nacional do Ensino Médio deixou de ter essa função em 2017. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira continuará aplicando o Encceja.
O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou no domingo (10) que o Ministério da Educação está avaliando a possibilidade de utilizar o Enem como certificado de conclusão escolar para jovens e adultos acima de 18 anos, a partir de 2025.
Essa medida pode ser um passo importante para garantir que os estudantes que não tiveram acesso à educação formal possam comprovar suas habilidades e competências. Além disso, o Enem é um exame nacional que avalia as competências de jovens e adultos, e sua utilização como certificado de conclusão escolar pode ser uma forma de reconhecer o esforço e a dedicação desses estudantes. A implementação dessa medida pode ser um grande avanço para a educação no Brasil.
O Enem e a Certificação de Competências
A partir de 2017, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deixou de ser utilizado como meio de obtenção de diploma para adultos que não haviam concluído o ensino médio na idade correta. Essa decisão foi tomada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Em vez disso, os adultos passaram a buscar o diploma do ensino médio por meio do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja).
Segundo o presidente do Inep, Manuel Palacios, o objetivo é discutir com todo o país a proposta de colocar o Enem como grande avaliador de desempenhos. ‘Vamos nos dedicar a este estudo, com todo o afinco, para desenhar essa proposta e discutir com todo o país, porque trata-se da colocação do Enem numa posição que, de fato, o consagra como grande avaliador de desempenhos’, afirmou.
O Enem antes de 2017
Entre 2009 e 2016, os candidatos com mais de 18 anos que não haviam terminado o ensino médio podiam se inscrever no Enem para obter um certificado de conclusão dos estudos escolares. Para isso, era necessário alcançar uma nota mínima de 450 pontos em cada prova (Ciências da Natureza, Ciências Humanas, Linguagens e Matemática) e 500 pontos na redação.
Por exemplo, se um candidato de 21 anos alcançasse a nota pedida em todas as disciplinas, exceto em matemática, ele poderia se inscrever novamente no ano seguinte e fazer apenas a prova que faltava. Em seguida, poderia pedir seu certificado de ensino médio.
Em 2016, última edição em que o Enem funcionou dessa forma, mais de 1 milhão de candidatos participaram do exame, na versão regular, pleiteando o diploma. Desses, 12,4% tiveram sucesso.
Por que o Enem perdeu essa função?
Ao divulgar a decisão em 2016, o então ministro Mendonça Filho afirmou que o Enem estava ‘impondo um ônus para quem não pensava no ensino superior’. Além disso, havia a intenção de elevar a média nacional dos candidatos do Enem, já que quem não havia concluído a educação básica na idade certa passaria a ficar de fora.
O Encceja
O Encceja não deixará de existir, mesmo que o Enem sirva para conceder o diploma de ensino médio, diz o Ministério da Educação (MEC). Para os interessados no diploma de ensino fundamental pelo Encceja, é necessário ter, no mínimo, 15 anos completos na data de realização do exame. Para o ensino médio, a idade mínima é de 18 anos.
As quatro provas objetivas são aplicadas em um único dia, nos turnos matutino e vespertino. Cada uma tem 30 questões de múltipla escolha. O participante deve atingir, no mínimo, 100 pontos em cada uma das áreas de conhecimento do Encceja. O método de correção é o TRI (Teoria de Resposta ao Item).
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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