Profissionais de saúde brasileiros discutem estilo de vida e atividades físicas para prevenir doenças cardiovasculares, como pressão elevada, com monitoramento domiciliar.
A Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC) apresentou, em seu último congresso anual, realizado em Londres, novas diretrizes sobre o gerenciamento da pressão arterial, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e prevenir complicações graves em longo prazo. Essas diretrizes buscam reduzir a pressão arterial elevada, que é um dos principais fatores de risco para doenças cardíacas.
De acordo com as novas diretrizes, a pressão arterial deve ser monitorada regularmente para evitar a hipertensão, que pode levar a complicações graves, como doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais. Além disso, é fundamental controlar a pressão sistólica e a pressão diastólica para manter a saúde cardiovascular em dia. A prevenção é a melhor estratégia para evitar problemas de saúde relacionados à pressão arterial. O monitoramento regular é fundamental para detectar qualquer alteração na pressão arterial e tomar medidas preventivas.
Entendendo a Pressão Arterial
A pressão arterial é um tema importante para a saúde, e é fundamental entender como ela funciona e como podemos controlá-la. A pressão arterial é medida em milímetros de mercúrio (mmHg) e é composta por duas partes: a pressão sistólica (o primeiro valor da medida) e a pressão diastólica (o segundo valor da medida). A pressão arterial normal é considerada inferior a 120/70 mmHg.
A hipertensão é detectada quando a pressão arterial ultrapassa 140/90 mmHg. No entanto, a novidade é a introdução da categoria de pressão elevada, quando a pressão sistólica varia entre 120 e 139 mmHg ou a pressão diastólica fica entre 70 e 89 mmHg. Isso significa que pessoas com pressão elevada podem receber orientações para evitar o agravamento da condição.
Prevenindo Danos Futuros
Uma das principais metas da atualização é prevenir danos futuros em pessoas que anteriormente eram classificadas como de baixo risco. Pacientes com pressão elevada podem receber orientações para evitar o agravamento da condição, como mudanças no estilo de vida. Isso inclui reduzir o peso corporal, parar de fumar, controlar o consumo de sódio e ingerir a quantidade adequada de potássio por meio de uma alimentação rica em vegetais.
A realização de atividades físicas regulares também é fundamental, não apenas exercícios aeróbicos, como caminhadas e corridas, mas também musculação, que tem mostrado benefícios no controle da pressão. Manter níveis aceitáveis de colesterol e glicemia também é essencial, especialmente para quem apresenta risco de desenvolver diabetes.
Doenças Cardiovasculares e Risco de Acidentes Vasculares Cerebrais
Pacientes com doenças cardiovasculares estabelecidas, diabetes ou insuficiência renal moderada a grave devem ser tratados como de alto risco, mesmo que suas pressões não estejam muito elevadas. Nesses casos, as mesmas medidas de prevenção e controle precisam ser ainda mais rigorosas para reduzir o risco de eventos cardíacos e acidentes vasculares cerebrais.
Monitoramento Domiciliar da Pressão Arterial
O monitoramento domiciliar da pressão arterial é fundamental para excluir o viés da ‘hipertensão do jaleco branco’, uma condição em que a pressão arterial sobe somente durante a consulta médica, causada pela ansiedade do paciente por estar sendo avaliado. Além disso, o monitoramento domiciliar pode ajudar a identificar casos de hipertensão mascarada, quando a pressão está normal no consultório, mas elevada em casa.
Existem dois exames que podem ser considerados pelos médicos nesses casos: o MAPA (monitorização ambulatorial da pressão arterial) e o monitoramento domiciliar da pressão arterial. Esses exames podem ajudar a determinar a pressão arterial real do paciente e a identificar casos de hipertensão.
Fonte: @ Veja Abril
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