Mudança no estilo de vida e acompanhamento multidisciplinar são essenciais para melhorar o quadro de excesso de peso, considerando medidas antropométricas, como índice de massa corporal e composição corporal.
A obesidade é um problema de saúde pública que afeta milhões de pessoas no Brasil e no mundo. De acordo com a endocrinologista Lia Lima, a obesidade é uma doença complexa que envolve várias causas, incluindo fatores biológicos, históricos, ecológicos, econômicos, sociais, culturais e políticas, que se somam e levam ao ganho de peso excessivo e ao descontrole do metabolismo.
Além disso, a obesidade é considerada uma doença multifatorial, pois envolve o excesso de gordura corporal, que pode levar a problemas de saúde graves, como doenças cardíacas, diabetes e câncer. O excesso de gordura corporal é um dos principais fatores de risco para a obesidade. Segundo o Ministério da Saúde, é fundamental abordar a obesidade de forma integral, considerando todos os fatores que contribuem para sua ocorrência e desenvolvimento. A prevenção e o tratamento da obesidade devem ser priorizados para reduzir o impacto dessa doença na saúde pública.
Entendendo a Obesidade
A obesidade é uma doença multifatorial que tem sido mais recentemente definida como excesso de gordura no peso corporal total, e não apenas excesso de peso corporal para uma determinada estatura. Segundo o nutricionista e educador físico Carlos Cristóvão, para se diagnosticar a obesidade, é preciso executar uma metodologia que inclua a análise quantitativa da composição corporal. É fundamental saber diferenciar o indivíduo com excesso de peso corporal por conta dos músculos do indivíduo com excesso de peso por gordura.
Diagnóstico da Obesidade
Para o diagnóstico da obesidade, são necessárias as seguintes medidas antropométricas: peso, estatura e espessura da dobra cutânea (bíceps, tríceps, subescapular e suprailíaca). Além disso, o cálculo de IMC (Índice de Massa Corporal) e de outras medidas que podem ser fornecidas por diferentes métodos, como a bioimpedância e espessura da dobra cutânea, são fundamentais para dar uma melhor noção da composição corporal. É importante lembrar que a espessura da dobra cutânea deve ser sempre do lado direito do corpo, pois é um protocolo que se usa para fazer uma avaliação desse paciente.
Cálculo do IMC e Diagnóstico
Depois que se tiram essas medidas, é preciso, para o parâmetro de diagnóstico, do percentual de gordura, que se for maior que 25 e 30%, já se considera uma pessoa obesa. O índice de massa corporal tem que estar igual ou maior que 30kg/m². Existem uma fórmula padronizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para detectar o Índice de Massa Corporal. Ele pode ser realizado a partir do cálculo do peso dividido pela altura ao quadrado. No entanto, é preciso cautela, pois somente o cálculo do IMC não é eficaz, pois não diferencia massa magra de gordura.
Limitações do IMC e Outros Indicadores
No caso de um atleta, por exemplo, ele pode ter 70kgs, assim como uma pessoa sedentária, mas a diferença é que o atleta tem mais massa muscular do que a pessoa sedentária. Além disso, as medidas da circunferência abdominal também podem servir como indicadores de risco. Elas podem ser medidas com fitas métricas na altura do umbigo. Considerando homens adultos, a medida acima de 94cm é considerada elevada, enquanto acima de 102cm é muito elevada. Já para mulheres adultas, a circunferência maior que 80cm é elevada e 88cm é muito elevada. Essa medida da circunferência é muito importante para avaliação da concentração de gordura lateral, pois nos dá o diagnóstico se a pessoa tem risco de desenvolver algum tipo de patologia.
Fonte: @ Minha Vida
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