Ministro da Fazenda confia que escolha do BC seguirá trajetória de juros prevista e políticas monetárias, apesar do desequilíbrio fiscal.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, destacou a importância de manter a Selic em um patamar que estimule o crescimento econômico. Segundo ele, a taxa básica de juros impacta diretamente diversos setores da economia.
É fundamental acompanhar de perto as projeções e decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) em relação à Selic e suas repercussões na taxa básica de juros. A busca por equilíbrio entre controle da inflação e estímulo ao desenvolvimento econômico guia as ações do Banco Central quanto à definição da taxa básica de juros.
Reflexões sobre a Selic e a política monetária ainda em curso
Durante uma entrevista à GloboNews, o ex-ministro Haddad expressou sua preocupação com a Selic, destacando que esta questão continuará presente no segundo semestre, especialmente considerando a possível Selic terminal neste ciclo de cortes. Ele ressaltou que a trajetória de juros estimada para os Estados Unidos pode limitar reduções mais significativas no Brasil e globalmente. O impacto de pagar entre 5,25% e 5,5% anual em dólar, referente à taxa básica anual do Federal Reserve (Fed), não deve ser subestimado.
Sinais de que o desequilíbrio fiscal sistêmico persiste
Haddad mencionou os recentes sinais do Banco Central Europeu (BCE) indicando possíveis cortes de juros, antes mesmo do Fed, evidenciando um cenário global complexo. Ao analisar o G20, enfatizou a busca por soluções para países com desequilíbrio fiscal sistêmico, uma realidade presente em economias como a americana, impactada pela ampliação dos gastos tributários.
Desafios frente à taxa básica de juros e as reivindicações salariais
O ex-ministro também abordou a questão dos servidores públicos federais que buscam ganhos reais em seus salários, destacando a necessidade de limites diante do atual cenário econômico. Mesmo com a disposição para negociações, há múltiplos desafios a serem superados. Adicionalmente, as discussões sobre a transição no Banco Central demonstram a importância de manter a diretriz de selecionar os melhores profissionais e garantir uma transição suave, seguindo os passos do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto.
Fonte: @ Valor Invest Globo
Comentários sobre este artigo