Pesquisador da Fiocruz alerta para o aumento de casos de doença transmitida pelo mosquito transmissor.
A febre oropouche tem sido uma preocupação crescente no Brasil nos últimos anos, com mais de 3,5 mil casos registrados somente este ano. A propagação da febres oropouche preocupa as autoridades de saúde, sobretudo no Amazonas, estado onde a enfermidade é comum, com um aumento significativo de diagnósticos. A rápida disseminação da febres oropouche tem gerado apreensão entre os especialistas, que indicam a subnotificação de casos em várias regiões do país.
Os casos subestimados de febre oropouche são uma realidade preocupante, pois sinalizam a necessidade de ações mais eficazes de controle da arbovirose. Mesmo com os esforços para combater o avanço da oropouche, a magnitude da transmissão do vírus ainda é motivo de incerteza. É crucial aprimorar a vigilância e a prevenção da febres oropouche para conter a propagação e proteger a população.
Febre Oropouche: A Arbovirose em Destaque
Cuiabá (MT), Salvador (BA) e Rio de Janeiro (RJ) foram os primeiros locais a terem casos de oropouche registrados. Enquanto a vigilância epidemiológica aponta que os casos foram trazidos da região norte, existe a preocupação crescente sobre a possibilidade de transmissão comunitária. A oropouche, uma arbovirose, apresenta sintomas muito parecidos com os da dengue, o que pode causar confusão nos diagnósticos.
Em todo o Brasil, especialistas alertam para o número subestimado de casos de oropouche. Eles enfatizam que os sintomas dessa doença transmitida aos humanos são muito parecidos com os de outras arboviroses, o que pode levar à subnotificação e dificultar o diagnóstico clínico sem os testes laboratoriais específicos.
Mudanças climáticas têm sido apontadas como um potencial fator para o aumento de casos. As altas temperaturas e chuvas intensas favorecem a disseminação dos mosquitos transmissores, contribuindo para a propagação da febre oropouche. O pesquisador Felipe Gomes Naveca, chefe do Laboratório de Arbovírus e Vírus Hemorrágicos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), destaca a importância do monitoramento contínuo da situação.
Felipe Gomes Naveca ressalta a necessidade de realização de testes adequados para garantir o correto acompanhamento dos pacientes. Ele menciona que a febre oropouche pode evoluir para formas mais graves, implicando riscos maiores à saúde. Mesmo que não haja registros de óbitos relacionados à doença até o momento, casos graves, como meningites e inflamações nas meninges, já foram documentados.
Em 2024, houve um aumento significativo no número de casos de oropouche em diversas regiões do país. No Acre e no Amazonas, por exemplo, foi observado que havia mais casos de oropouche do que de dengue em certas semanas, demonstrando a relevância de se identificar e monitorar adequadamente essa arbovirose. O pesquisador Naveca destaca a importância da distribuição de testes específicos para oropouche pelo Ministério da Saúde, o que contribuirá para uma avaliação mais precisa da situação epidemiológica.
Fonte: @ Metropoles
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