Representado ao MP, solicitando abertura de inquérito para apuração dos fatos, no contexto dos Jogos Jurídicos Estudantis da PUC/SP, envolvendo Centros Acadêmicos XI, Ministério Público e Faculdade de Direito da USP.
No último sábado, 16, os Jogos Jurídicos Estudantis de 2024 foram palco de incidentes preconceituosos envolvendo estudantes da PUC/SP e universitários da USP. O evento, realizado em Americana/SP, ganhou grande visibilidade após vídeos viralizarem nas redes sociais, gerando uma grande onda de críticas e indignação.
Os estudantes da PUC/SP foram acusados de terem cometido atos de discriminação contra os alunos da USP, o que gerou uma grande controvérsia e levou a uma discussão sobre a importância da inclusão e do respeito no ambiente acadêmico. A intolerância não tem lugar em nossas instituições de ensino. É fundamental que os universitários e estudantes em geral sejam tratados com respeito e dignidade, independentemente de sua origem ou instituição de ensino. A educação deve ser um espaço de aprendizado e crescimento, não de discriminação.
Estudantes da PUC/SP são flagrados proferindo insultos racistas contra Alunos da USP
Durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos estaduais, membros da torcida do curso de Direito da PUC/SP foram flagrados proferindo insultos racistas contra Estudantes da USP. As provocações incluíam ofensas como ‘pobre!’, ‘ainda por cima é cotista’ e ‘cotista filho da puta’, acompanhadas de gestos que simulam contagem de dinheiro. O caso gerou grande indignação e foi amplamente divulgado nas redes sociais.
Denúncia formalizada ao Ministério Público
A co-deputada estadual Letícia Chagas, em conjunto com a deputada Federal Sâmia Bomfim e a vereadora Luana Alves, protocolaram uma representação do caso ao Ministério Público, solicitando a abertura de inquérito para investigar o caso. A denúncia destaca que as ofensas transcendem o ambiente de rivalidade esportiva e configuram um comportamento discriminatório que associa a condição socioeconômica e racial de Estudantes cotistas a uma suposta inferioridade. Além disso, o documento ressalta que tais atitudes configuram violação aos direitos fundamentais e ferem diretamente os valores da dignidade humana e da igualdade.
Nota de repúdio emitida pelas instituições envolvidas
Diante do ocorrido, a Faculdade de Direito da USP e a PUC-SP, juntamente com os Centros Acadêmicos XI de Agosto e 22 de Agosto, emitiram uma nota conjunta de repúdio, classificando o episódio como ‘absolutamente inadmissível’ e contrário aos valores democráticos e humanistas das instituições. A nota também destaca a necessidade de apuração rigorosa e punição exemplar para os responsáveis. Os Universitários envolvidos no caso devem ser responsabilizados de maneira justa e exemplar.
Repercussão nas redes sociais
O caso gerou grande indignação nas redes sociais, com muitos usuários expressando sua repulsa às atitudes racistas e discriminatórias dos Estudantes da PUC/SP. A hashtag #RacismoNaoPodeSerTolerado foi amplamente utilizada para denunciar o caso e exigir justiça para os Alunos da USP. A comunidade acadêmica e a sociedade em geral devem se unir para combater o racismo e a discriminação em todas as suas formas.
Fonte: © Migalhas
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