Neurodesenvolvimento de cérebros com TDAH e Autismo são similares; podas neurais são insuficientes em ambos os transtornos.
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é caracterizado por sintomas como desatenção, hiperatividade e impulsividade, afetando crianças e adultos em diversas esferas da vida. Estudos recentes apontam para a influência genética no desenvolvimento do TDAH, mostrando que fatores ambientais também podem desempenhar um papel importante na manifestação do transtorno.
O tratamento do TDAH envolve abordagens multidisciplinares, que incluem terapias comportamentais, medicamentos e acompanhamento psicológico. É importante frisar que o diagnóstico precoce do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade pode contribuir para a melhora da qualidade de vida do indivíduo, proporcionando um suporte mais eficaz e adequado para o enfrentamento dos sintomas.’ A prevenção do TDAH também é fundamental para evitar complicações futuras.
Estudo abrangente sobre o TDAH
No estudo, ainda mais detalhado do que o mencionado no conteúdo original, os especialistas do Institutos Nacionais da Saúde (NIH) constataram que jovens com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) – condição do neurodesenvolvimento que afeta a formação do cérebro e do sistema nervoso central – apresentam uma conectividade ainda mais acentuada entre partes do cérebro envolvidas no aprendizado, movimento, recompensa e emoção, tais como o núcleo caudado, putâmen e núcleo accumbens, e estruturas relacionadas à área frontal que estão envolvidas na atenção e no controle de comportamentos indesejados, como giros temporais superiores, ínsula, lobo parietal inferior e giros frontais inferiores.
Prevalência e impacto do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade
De acordo com a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), a prevalência mundial de casos de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade varia entre 5% e 8%. Os sintomas associados a essa condição, que envolvem desatenção, hiperatividade e impulsividade, podem causar prejuízos significativos em diversos aspectos da vida, como as relações sociais e os desempenhos cognitivo, escolar e profissional.
Apesar do nome ‘déficit de atenção’, o TDAH pode se assemelhar, em muitos casos, mais a uma ‘desregulação da atenção’. Com uma conectividade neural naturalmente aumentada entre os centros de atenção e de recompensa, uma das formas em que essa desregulação se manifesta é através do fenômeno do hiperfoco, em que indivíduos com a condição concentram-se intensamente em algo que lhes desperta interesse.
Importância da conectividade cerebral no TDAH
Embora suspeitas sobre a origem dos sintomas do TDAH e suas interações cerebrais atípicas já fossem levantadas pela neurociência, pesquisas anteriores revelaram resultados contraditórios, possivelmente devido ao tamanho limitado das amostras, com cerca de 100 participantes em média.
Nesse sentido, o estudo mais recente analisou um volume significativamente maior de 10.000 imagens cerebrais funcionais, sendo 1.696 provenientes de crianças diagnosticadas com TDAH e 6.737 de indivíduos sem a condição.
Relação entre hiperconectividade cerebral e poda neural no TDAH
Os achados indicam que estudos anteriores, com amostras reduzidas, podem não ter sido capazes de identificar de maneira precisa as interações cerebrais subjacentes aos comportamentos complexos observados no TDAH, como a poda neural, processo fundamental que ocorre durante o desenvolvimento dos cérebros, resultando na eliminação de conexões entre neurônios nas sinapses, tornando o sistema mais eficiente.
A descoberta de uma conectividade aumentada entre regiões-chave no cérebro de indivíduos jovens com TDAH sugere que pode haver uma deficiência na poda neural nesse processo, fenômeno também observado em pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Fonte: @ Veja Abril
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