61,3 mi brasileiros têm insegurança alimentar: relatório O Estado mostra segurança nutrição comprometida por inflação, preços alimentos e dietas saudáveis inacessíveis.
O mais recente relatório O Estado da Segurança Alimentar e da Nutrição no Mundo, produzido por cinco agências especializadas das Nações Unidas, destacou que, em 2023, 2,33 bilhões de indivíduos lidaram com insegurança alimentar moderada ou severa devido às mudanças climáticas. Essa situação preocupante afetou diretamente a vida de 733 milhões de pessoas que passaram fome em todo o planeta.
As alterações climáticas têm desencadeado impactos significativos na disponibilidade e qualidade dos alimentos, tornando a segurança alimentar uma questão cada vez mais urgente. É crucial adotar medidas eficazes para enfrentar esses desafios e garantir o acesso adequado à alimentação para toda a população global. Juntos, podemos buscar soluções sustentáveis para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e promover um futuro mais seguro e equitativo para todos.
Relatório sobre Mudanças Climáticas e Insegurança Alimentar
O Estado atual da segurança alimentar e da nutrição está sendo afetado por uma série de fatores, incluindo as alterações climáticas, inflação nos preços dos alimentos, desaceleração econômica e dietas saudáveis inacessíveis. Um relatório recente apontou que a insegurança alimentar e a má nutrição estão se agravando, com impactos significativos em várias regiões do mundo.
Desafios e Impactos das Alterações Climáticas
Segundo o Atlas Global de Política de Doação de Alimentos, no Brasil, cerca de 61,3 milhões de pessoas enfrentam insegurança alimentar, o que equivale a quase um quarto da população. A CEO da The Global FoodBanking Network, Lisa Moon, destacou que nos últimos anos houve um aumento alarmante da fome e da insegurança alimentar em todo o mundo, mesmo com a expectativa de melhora pós-pandemia.
Seminário Internacional sobre Segurança Alimentar
Durante o seminário internacional ‘Sistemas Alimentares: Oportunidades para Combater a Fome e o Desperdício no Brasil’, Lisa Moon discutiu os desafios enfrentados, como a guerra na Ucrânia, as mudanças climáticas e a superinflação, que têm impactado milhões de pessoas em todo o mundo. O evento, realizado em São Paulo, abordou a importância de debater soluções para mitigar os efeitos severos da insegurança alimentar.
Impacto das Mudanças Climáticas na Produção de Alimentos
Um dos temas centrais das discussões foi o impacto das mudanças climáticas na produção e distribuição de alimentos. Cláudia Roseno, gerente de assistência do Sesc, ressaltou a tragédia no Rio Grande do Sul, onde as enchentes prejudicaram a produção agrícola e afetaram o abastecimento em todo o país. Comunidades vulneráveis são as mais atingidas pelas alterações climáticas, resultando em taxas mais altas de fome crônica e insegurança alimentar.
Desperdício Alimentar e Emissões de Gases de Efeito Estufa
Lisa Moon enfatizou que, apesar de o sistema alimentar produzir alimentos em abundância, cerca de um terço da produção global é desperdiçada, aumentando as emissões de gases de efeito estufa. As mudanças climáticas estão exacerbando a insegurança alimentar em todo o mundo, tornando dietas saudáveis inacessíveis para muitas comunidades. A necessidade de ações urgentes para enfrentar esses desafios é evidente.
Fonte: @ Agencia Brasil
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