Policial militar preso pelo envolvimento no assassinato, suspeito de monitorar advogado em atividades ilícitas com arma de fogo.
O ex-policial militar Vitor Hugo Henrichs Mello, que estava sob suspeita de participação no homicídio do advogado Rodrigo Marinho Crespo em fevereiro, teve sua exoneração da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) oficializada em uma publicação extra do Diário Oficial, divulgada na quarta-feira (10).
A demissão de Vitor Hugo Henrichs Mello reflete a gravidade do caso e mostra a firmeza das autoridades quanto ao afastamento de indivíduos envolvidos em crimes. A dispensa do ex-policial ressalta a importância de manter a integridade e a ética no serviço público, garantindo a responsabilização daqueles que violam as leis.
Exoneração do policial Vitor Hugo no contexto do assassinato
Vitor Hugo, anteriormente lotado no 15º BPM (Duque de Caxias), foi transferido para a Alerj em março de 2022. Com uma gratificação de R$ 2,3 mil além do salário de policial, ele acabou sendo preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo. Após uma audiência de custódia, sua prisão foi convertida em preventiva no dia 10. O policial negou veementemente qualquer envolvimento no homicídio em questão.
As investigações apontaram que Vitor Hugo alugou um veículo na locadora Horizonte 16, que também forneceu carros utilizados para monitorar o advogado nos dias que antecederam a tragédia. Coincidentemente, o mesmo batalhão em que ele estava era o mesmo do policial Leandro Machado da Silva, também preso sob suspeita de participar do crime.
Rosenverg Reis, responsável pelo gabinete em que Vitor Hugo estava lotado, esclareceu que desconhecia as atividades ilícitas do policial e, por isso, decidiu pela exoneração imediata do mesmo. Ele afirmou que cada um é responsável por seus atos e deve responder por eventuais ilícitos cometidos fora da Alerj.
A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) agiu prontamente ao saber dos acontecimentos, publicando em Diário Oficial a dispensa do policial Vitor Hugo. A operação da Delegacia de Homicídios da Capital mirava no contraventor Adilson Oliveira Coutinho Filho, conhecido como Adilsinho, figura central em atividades ilícitas na região.
Involvimento no assassinato e afastamento na Alerj
Três pessoas foram presas por suspeita de envolvimento no assassinato de Rodrigo. Leandro Machado da Silva, apontado como responsável pela logística do crime, entregou o carro usado na ação. Já Cezar Daniel Mondego de Souza e Eduardo Sobreira Moraes eram os encarregados da vigilância da vítima nos dias que antecederam o homicídio.
Eduardo Sobreira Moraes acabou sendo nomeado para um cargo na Alerj após a trágica morte, substituindo Cezar Daniel, também suspeito no caso, que foi exonerado. Os dois tinham ou ainda têm vínculos comissionados na assembleia. Com a exoneração de Cezar, Eduardo passou a receber R$ 2.029,37, conforme o Portal da Transparência da Alerj. A instituição, ao ser informada do caso, agiu rapidamente e providenciou o afastamento dos envolvidos em dias subsequentes.
Fonte: © Direto News
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